Blog sobre Moçambique

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A OTM diz que o novo salário Minimo não compensa

A OTM, Organização dos Trabalhadores Moçambicanos, defendeu recentemente que os novos salários mínimos por sectores não alcancam as expectativas do Estudo por ela encomendado, que avalia a cesta básica do Moçambicano em 5.200,00MT e que, os novos salários mínimos por sectores, que sofreram um acréscimo que ronda entre os 15 e 30%l, não cobrem as despesas.
A OTM - Central Sindical, um dos maiores intervenientes na negociação salarial em Moçambique, através do estudo por si encomendado, defende que a cesta básica de uma família de 5 pessoas tem um orçamento avaliado em cerca de 5.200,00 MT ao mês, logo, os novos salários, que não alcançam esta meta estão aquem do desejado e, para ultrapassar a situação é necessário que haja uma compensação através da criação de incentivos para que as empresas produzam mais bens e coloquem no mercado, até a necessidade de simplificação de procedimentos de importação de matéria-prima para a produção.

Refira-se que dos novos salários mínimos acordados ontem, o sector de Produção Distribuição de Electricidade, Gás e Água é que registou maior reajusto (29.8%), sendo que os trabalhadores deste ramo passam a auferir um salário mínimo de cerca de 2.138,59 MT.

Economista Adriano Maleiane nomeado PCA da Visabeira Mocambique

ADRIANO Maleiane, ex-governador do Banco de Moçambique, foi esta semana nomeado Presidente do Conselho de Administração da Visabeira Moçambique, S.A.

O Comité de Gestão daquela empresa fundamentou a medida com a grande quantidade de novos projectos e investimentos que acontecerão a curto/médio prazo no nosso país. Para a Visabeira, “com a presença do Dr. Adriano Afonso Maleiane não só alinhamos a nossa estrutura de gestão com as melhores práticas internacionais, como temos oportunidade de poder passar a contar com o contributo de uma personalidade de grande prestígio e competência, nacional e internacionalmente reconhecidos”. Licenciado em Economia pela Universidade Eduardo Mondlane, o novo presidente não executivo da Visabeira Moçambique S.A. é Mestre em Economia Financeira pela Universidade de Londres. Exerceu diversas funções oficiais, nomeadamente director nacional de Economia Agrária no Ministério da Agricultura (1983-86), administrador do Banco de Moçambique (1986-1991) e, sucessivamente, vice-governador e Governador do Banco de Moçambique (1991‑2006).
Fonte: noticias

terça-feira, 22 de abril de 2008

Salário mínimo por sectores em Moçambique

Voltamos a carga com o grande debate em torno das negociações para a determinação de salários mínimos por sectores em Moçambique, cujos primeiros passos já foram dados e houve consenso, mas agora é a vez de a Comissão Consultiva do Trabalho (CCT) se reunir amanhã, dia 23 de Abril para apresentação das conclusões das negociações que vinham decorrendo em Comissões especializadas, visando a fixação do novo salário mínimo por sector de actividade e a apreciação global das propostas apresentadas.

Os sectores que compreendem o novo critério de fixação de salário mínimo são:
Sector 1: Agricultura, Pecuária, Caça e Silvicultura;
Sector 2: Pescas;
Sector 3: Indústria de Extracção de Minerais,
Sector 4: Indústria Transformadora;
Sector 5: Produção Distribuição de Electricidade, Gás e Água;
Sector 6: Construção;
Sector 7: Actividades dos Serviços não Financeiros;
Sector 8: Actividades Financeiras;
Sector 9: Administração Pública, Defesa e Segurança .

Em Moçambique, um país em vias de desenvolvimento a renda per-capita é baixa e a maior parte da força de trabalho está na agricultura de subsistência, ou sem contratos formais e no sector informal.
No nosso País a sindicalização, ou a existência de sindicatos ainda não é muito forte em todos os sectores, o que pode colocar em causa a efectividade das negociações salariais uma vez que a influência dos sindicatos na determinação dos salários pode ser menos elevada do que o desejado.
Este novo passo, a descentralização da negociação salarial em sectores de actividade tem que colocar a OTM Central-Sindical numa posição tal que possa aglutinar os interesses de todos os sectores de actividade, tomando em consideração o índice de desemprego no País, sob pena de negociar salários que só vão aumentar os índices de desemprego favorecendo os que já estão empregados, e penalizando aqueles que procuram emprego.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

impacto da Globalização nos Negócios Regionais (Africa Austral): Prós e Contras

Segue-se um artigo de um economista amigo, o Nelson Maximiano, sobre a integração regional:
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Impacto da Globalização nos Negócios Regionais (Africa Austral): Prós e Contras


1. Sumário Executivo

O objectivo deste ensaio e de indicar os caminhos tomados e a tomar pelos parceiros de negocios na regiao por forma a aproveitar os adventos da Globalizacao. Um passo fundamental é a noção dos prós e contras criados pela Globalizacao para a criacção e desenvolvimento dos negocios regionais. Um ponto importante neste artigo é qual é o papel de organizações não governamentais para a melhorar as oportunidades de negócios bem sucedidos e como estas organizações se podem fortalecer no processo de facilitação e suporte do sector privado corporativo.

Introduçao

A Globalização é um processo de integração económica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação. Esta reduçao de custos de trasnporte e transaccao ocorreu no século XX e beneficiou mais aos países desenvolvidos. Grande parte dos países desenvolvidos ou do ocidente estavam integrados em grupos regionais ou movimentos regionais coesos e que rápidamente procuraram a homogeneidade. A Globalização permitiu a abertura de países do terceiro mundo para o exterior. No entanto mercados internos do ocidente já saturados beneficiaram da abertura de outros mercados com novas oportunidades de comércio e exploitação de recursos e principalmente matérias primas.

A Globalização é acima de tudo um processo histórico que se consolida com a queda do bloco socialista e com o fim da coexistência pacífica. Formou-se um movimento único e o capitalismo neo-liberal. A ideia de um sistema único que assustou e continua a assustar muitos países e pessoas do mundo subdesenvolvido consolidou-se pela homogeneização dos centros urbanos nos quais as população urbana adquiriu hábitos comuns de consumo. Um ambiente favorável para a exploração de outros mercados e civilizaçoes atraiu muitas corporacoes e integrou-se dentro das estratégias de corporativas. No entanto cedo estas estratégias corporativas centraram-se na expansão para mercados diferentes e regiões geo-políticas mais carentes de fontes de investimento e de empreendedorismo. Grande parte dos negócios regionais bem succedidos surge na área das telecomunicações, eletrónica, e outros adventos tecnológicos que permitiram a regorganização geo-politica e a criação de blocos políticos e a miscelânia de culturas e hábitos e costumes. Na actualidade a globalização afecta a comunicação, comércio internacional e a circulação de bens e pessoas.

A regionalização e integração económica afecta os mundo de negócios e desta forma permite negócios mais rápidos, baratos e menos ariscados. A globalização permite que numa sociedade de conhecimento homens e mulheres de negócios, que estejam integrados ou não em corporações sejam bem sucedidos e tenham acesso a melhores condicoes de investimento e a bons negócios. Nações melhor integradas tanto em grupos regionais mas acima de tudo com os mercados internacionais ao “redor do planeta”.

O capitalismo foi um movimento que surge da ideologia. Um negócio regional bem sucedido requer mais do que pura ideologia. O surgimento de fundações teve no início como base o bem estar dos povos e nações. Negócios regionais resultam normalmente da criação de condições atraentes e que se enquadrem nos interesses e estratégias das corporaçoes multinacionais. Desta forma, a sociedade civil e as respectivas fundações tem um papel integrado para melhorar as condicoes de negocios regionais e o crescimento do nível geral de investimentos.

Um mundo globalizado pode financiar os “domestic imbalances” por muito tempo, mas nao elimina os riscos criados por desalinhos sustentabilizados das taxas de cambio nem pode sequer melhorar a pobreza das políticas macroecnómicas. Uma economia em desbalanço doméstico pode reverter a situacao se tiver acesso a mercados internacionais. No entanto, se este desbalanço se mantiver por muito tempo um dos primeiros constrangimentos é o aumento do nível de risco de investir na economia nacional. Negócios regionais são sensíveis a crises financeiras em economias pobres e pouco abertas ao comércio internacional. A ideia nao é apenas melhorar a capacidade de combater o risco na economia mas também de criar condiçoes para diminuir o risco de baixar o peso da moeda. Instituições internacionais agem a nível global e de coordenação com o objectivo de aprender lições importantes através da experiência bem como de usar esta experiência para ajudar no desenvolvimento de um sistema financeiro próspero. Outras instituições internacionais podem ajudar na melhoria de condições dentro da economia.

A globalização e o ciclo de negócios

A globalização permite a rápida circulação de pessoas e capitais. A globalizaçao aumenta a importamcia das economias regionais e transforma o processo de crescimento economico e aumento do fluxo de negocios interligado entre economias. A globalizacao resulta de mudanças significantes e em casos de sucesso permite o forte crescimento de negócios que originam comunidades vibrantes. A globalizacao e as suas consequencias directas permitem a reducao dos custos dos negocios relacionados com o trasporte de mercadorias, e os custos de transacao. Porém a globalizaçao nao permite apenas por si o aumento do numero de infraestruturas que facilita a iniciao de negocios no curto prazo. Desta forma a globalizacao pode ser desvantajosa para o ciclo de negócios. No entanto maior parte das barreiras que resultam da montagem de negócios regionais podem ser ultrapasasados por grandes negócios regionais. O maior constrangimento é a nao existencia de “staff” qualificado e de estruturas complementares. Uma abordagem governamental em relacao aos negocios regioanis e em geral bem vinda e permite uma criacao de negocios mais efectiva. Governos com maior experiencia e recursos tem vantagens comparativas em atrair grandes negócios regionais.


Nelson Maximiano
Economista

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Salario Minimo em Moçambique - Consenso na Concertação Social

Não tenho ainda muitos dados sobre a concertação para a revisão do salário mínimo, mas sei que as discussões sobre o salário mínimo nos 8 sectores de actividade alcançaram consenso e que segundo a Confederação das Associações Económicas e Empresariais de Moçambique (CTA), este consenso reflecte a realidade do País.
A Comissão Consultiva do trabalho ainda terá que validar este consenso e depois o Conselho de Ministros tem que aprovar a revisão do salário por sectores de actividade, cujas propostas variam de 15% a 30%.
Segundo o CTA, anteriormente Governo, Sindicatos e empregadores sentavam-se à mesma mesa para discutir salários para todos os sectores sem considerarem itens como a produtividade das empresas.
Voltarei a escrever sobre este assunto, no entanto se efectivamente houve consenso é um bom passo do ponto de vista diplomático. A grande questão é saber se este consenso tem efeitos multiplicadores no consumo dos indivíduos e na capacidade de gestão da cesta básica dos Moçambicanos.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Economia de Moçambique Vs. China em ascenção e EUA em Recessão !!??


As Economia Mundial vem demonstrando tendências de mudanças. A Economia norte américana já apresenta os efeitos da recessão provocada pela crise no mercado imobiliario, altos custos de combustíveis e de alimentos e o debilitante mercado de trabalho. OS EUA durante muito tempo foram adoptando tecnologia de ponta, mecanização avançada em todos os sectores da economia, sem imaginar que os custos elevados pudessem "saturar" as suas economias.

No outro lado do planeta a CHINA a cada dia assume-se como um verdadeiro "dragão" da economia global, com a conquista das empresas chinesas de novos mercados com os seus preços baixos, a mão-de-obra barata que o País oferece, uma forte revolução nas índustrias textil e alimentar que vai "sufocando" alguns colossos.

Cá entre nós admite-se que a actual recessão da Economia dos EUA não terá um grande efeito sobre a economia de Moçambique. Recentemente a economista do Standard Bank, Yvonne Mhango disse em Maputo que o impacto da crise do mercado dos Estados Unidos da América “vai ser limitado” para Moçambique, pois as exportações da Ásia estão a aumentar, que a China vem aumentando os seus negócios com Moçambique e com África e que, como a economia Moçambicana não é dependente da norte americana, não há motivo para alarme. Mhango defedeu ainda que apenas dois por cento do total das exportações moçambicanas são para os Estados Unidos, daí que não se preveja um impacto severo ao nível de Moçambique.

Aquela economista disse ainda que a África do Sul é que sofrerá com a recessão norte americana pois tem uma economia dependente dos EUA, no entanto a grande questão que se coloca é que Moçambique depende muito da economia sul africana e uma recessão económica na Africa do Sul afecta a região.

Só esperamos que a recessão da economia norte americana não se transforme em depressão, como a que ocorreu entre 1929 e 1933. Pelo Menos em Moçambique, o crescimento económico vivamente saudado pelo FMI e Banco Mundial, foi uma realidade em 2007, pese embora o primeiro trimestre de 2008 tenha sido obstruído pelos choques do lado da oferta causados por calamidades naturais.

Será que esta nova tendência da ordem económica mundial vai colocar em causa os contemporrâneos modelos de crescimento económico, que apresentam um prognóstico pessimista para os países mais pobres?

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Marketing ativo

Assistindo a um documentário na televisão, descobri que algumas empresas adotam uma estratégia de marketing bem interessante. Em suma, empresa introduz o seu produto ao consumidor sem ele saber que isso está ocorrendo. Para ilustrar a idéia, o curto documentário mostrou o caso de uma firma que inventou um controle de jogos para computador no qual o usuário não apertava botões, mas dava os comandos simplesmente ao mecher seus dedos em diversas direções.
Para expor seu novo produto no mercado, a empresa contratou dezenas de pessoas para irem a cafeterias e ficarem sentadas jogando em seus notebooks. Algumas pessoas interessadas por jogos ficavam curiosas e perguntavam ao rapaz (contratado pela empresa) como o produto funcionava, onde ele havia comprado, qual era o preço, etc. Muitas dessas pessoas também testavam o produto (tudo sem saber que o cara era contratado pela empresa).
Eu, pessoalmente, achei a idéia fantástica. É uma maneira muito legal e eficiente de introduzir um novo produto no mercado, alcançando diretamente potenciais consumidores. No entanto, nem todo mundo gostou da idéia. Alguns criticaram esse tipo de marketing justificando que a empresa estaria enganando o consumidor. Outros falavam que isso era um crime, pois as pessoas estavam participando de uma campanha de marketing sem seu consentimento.
Oras, o rapaz na cafeteria não obrigou ninguém a perguntá-lo sobre o que se tratava aquele novo controle para jogos de computador. Ele não forçou ninguém a se interessar pelo produto, muito menos a comprá-lo! O que ele fez foi simplesmente ativar a curiosidade das pessoas que tinham um interesse naquele bem! Ele ampliou o leque de oportunidades que amantes de jogos tinham antes de ir na cafeteria, cabendo a cada pessoa individualmente decidir se valeria a pena comprar aquele produto ou não.
Não existe nenhum imperativo, como clamavam os críticos que foram entrevistados no documentário, que torna esse tipo de marketing anti-ético. De que maneira as pessoas foram prejudicadas nessa campanha? Elas não foram! Muito pelo contrário, elas tiveram a oportunidade de conhecer um novo produto sem custo algum.
O preconceito contra as empresas existe em muitos lugares do mundo, inclusive em países onde as pessoas vivem melhor por causa do setor privado. Não existe outra explicação para a histeria de órgãos de defesa do consumidor para com esse tipo de propaganda feita pelas empresas. É o velho medo de que alguns enriqueçam e se dêem bem na vida. A velha concepção das pessoas de que qualquer um que gere riqueza está assim fazendo a custa dos outros.

In Rabiscos Económicos de Philipe Berman e Guilherme Stein

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Economistas dos CPLP: Integração Regional em Debate

Os Economistas dos Países de Lingua Portuguesa estão reunidos desde hoje em Maputo para em torno da integração regional, debater temas de interesse para a classe dos economistas destes países sobre os desafios desta nova ordem internacional.
Pese embora a integração regional para Moçambique leve-nos mais a uma integração na comunidade da Commonwealth por força geográfica e das relações que Moçambique tem com os Paízes fronteiriços, o factor lusofonia pode levar-nos àquilo que disse a Economista Miquelina Menezes, Presidente da AMECON na cerimonia de abertura do encontro, que a reunião representa uma troca de experiência destes países sobre os seus processos de integração económica regional.

Na ocasião tive a oportunidade de acompanhar atentamente o Ministro da Indústria e Comercio, António Fernando, que fez uma apresentação sobre a integração regional e o seu impacto em Moçambique, tendo apontado vários aspectos dos quais pude reter o papel dos corredores de Desenvolvimento de Maputo, Beira e Nampula para a economia nacional e a sua ligação com a economia da região e também a construção da Estrada Maputo-Witbank que reduziu as distancia e assim os custos de transacções entre Moçambique e a Vizinha África do Sul.
Apesar destas vantagens dos corredores de desenvolvimento que já existem, sou de opinião que o grande desafio para o futuro é a existência de um corredor de desenvolvimento Nacional em Moçambique, um corredor de desenvolvimento Norte-Sul ou vice versa. Os actuais corredores garatem uma forte ligação da economia Nacional com os Países vizinhos, garantem a entrada e saída de milhares de insumos dos países do interior usando os portos, caminhos de ferro e estradas nacionais, mas é importante que Moçambique tenha uma Linha que permita um fluxo desses insumos dentro do País, do norte ao sul, um CPRREDOR DE DESENVOLVIMENTO DE MOÇAMBIQUE, também para fazer face à integração regional.
Em relação à estrada Maputo-Witbank, só me preocupa o facto de termos uma portagem a menos de 10 km da Capital do País, facto que encarece o custo de viajar entre Maputo e Matola, duas cidades praticamente ligadas entre si. Apesar de a construção desta estrada ter reduzido a distancia entre Maputo e Ressano Garcia em cerca de 30Kms e de ter melhorado as condições da estrada, também encareceu os indivíduos que têm que atravessar diariamente a portagem para se deslocarem aos seus postos de trabalho.

Portanto, a integração regional tem vantagens macro-económicas, mas também têm custos e é ai onde se encontra a questão central, a análise, por parte de economistas e académicos da relação custo-benefício quando se fala de integração económica regional, e temos o caso de Angola, que por enquanto ainda não aderiu à zona de comércio livre na SADC, como um caso de estudo para ser analisado no futuro. Será que Angola fez uma boa opção? Será que Moçambique no seu actual estágio, estará em condições de ser um país concorrencial ao nível da região?

Não é por acaso que o Presidente da República Armando Guebuza saudou a escolha do tema na sua intervenção, e disse que o debate levado à cabo em Moçambique, durante o ano 2007, sobre a abertura do comércio livre trouxe ao de cima várias questões económicas e Sociais e ainda há outros desafios pela frente tais como a união aduaneira e a união monetária. o Presidente reconheceu a complexidade que este assunto envolve.

sábado, 5 de abril de 2008

VII Reunião dos Economistas dos Países da CPLP em Maputo

Realiza-se de 9 a 11 de ABRIL de 2008 em Maputo, a VII reunião anual de Economistas dos Países da CPLP , uma tradição no seio dos economistas dos países de língua portuguesa, envolvendo representantes do meio académico, empresarial, político e da comunicação social, com o objectivo de promover o intercâmbio de experiências e estimular a discussão de temas candentes da ciência económica e dos desenvolvimentos das economias locais.
A Associação de Economistas de Moçambique (AMECON), liderada pela Dra. Miquelina Menezes tem em mão a coordenação do evento e a recepção de economistas vindos dos quatro cantos do mundo e que têm como grande referência a comunicação em língua portuguesa.

Sob o lema “ Integração Regional e a Economia dos Países da CPLP”, este encontro, segundo a AMECON, constitui uma oportunidade única para que em conjunto, todos os actores do cenário económico do espaço falante da língua portuguesa partilhem os últimos desenvolvimentos das suas economias.

Temas a serem tratados:
1. Experiência da Integração Regional nos Países de Língua Portuguesa;
2. As oportunidades da Produção Nacional versus concorrência que resulta da Integração;
3. Desafios e Oportunidades da Integração Regional (a nível intra e internacional);
4. Efeitos ou reajustes sócio-econômicos de Integração Regional nos Países Membros
5. Livre Comércio Internacional e Desenvolvimento Regional
6. Desafios e Integração para o desenvolvimento

quinta-feira, 3 de abril de 2008

FMI congratula-se com crescimento económico de Moçambique em 2007

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2007, o crescimento econômico em Moçambique continuou forte, apesar de diversos choques exógenos.As receitas ficaram acima do programado devido à intensa atividade no setor de impostos domésticos diretos. Porém, despesas de investimento ficaram abaixo do programado, por causa de uma insuficiência de financiamento externo. Graças a políticas monetárias prudentes, a inflação básica (excluindo alimentos e energia) ficou contida em 5,1 por cento e a inflação geral caiu de 13,2 por cento em 2006 para 8,2 por cento, apesar das altas nos preços internacionais de alimentos e petróleo. As reservas líquidas internacionais continuaram a aumentar e alcançaram um patamar confortável, equivalente a 5 meses deimportação de bens e serviços.
A declaração da missão do FMI em Moçambique aponta igualmente e passo a citar: "Um importante progresso foi observado na área de fortalecimento da administração das finanças públicas e na ampliação da base tributária. No setor estrutural, a auditoria interna e externa das finanças públicas foi consideravelmente fortalecida. Além disso, o Conselho de Ministros adotou uma nova estratégia de médio prazo para redução docusto de fazer negócios, de forma a tornar o ambiente empresarial de Moçambique maiscompetitivo no âmbito do SADC até 2015. Para assegurar a administração transparente de recursos naturais, a missão recebeu muito bem a decisão tomada pelas autoridades no sentidodo país se tornar membro da Extractive Industry Transparency Initiative (EITI). A intenção das autoridades em fortalecer o monitoramento e transparência dos grandes projetos, em particular, foi muito bem vista. Nesse contexto, todas as regulamentações relacionadas às leis tributárias de mineração e petróleo foram lançadas".
Mas o FMI não deixa de falar das perspectivas positivas para 2008 na economia de Moçambique, condicionadas pelas recentes calamidades naturais que poderão limitar o crescimento económico. Por outro lado o FMI considera que as reformas nas finanças públicas necessitam de apoio internacional.
Vamos continuar a registar crescimento económico nos próximos anos provavelmente, mas uma questão que "encabula" os nossos amigos do FMI é a grande questão da ligação entre crescimento económico (crescimento dos indicadores macro-económicos como o PIB, Investimentos, Exportações, etc), desenvolvimento económico (que inclui o melhoramento do nível de vida dos cidadãos) e distribuição da riqueza vertical e horizontalmente.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Resultados Online das Eleições no Zimbabwe


As eleições do Zimbabwe já começam a ter os primeiros resultados acessíveis via internet. O Independent Results Centre, é um website onde vem actualizada informação sobre os resultados das eleições no Zimbabwe, a medida que a contagem vai sucedendo, vale a pena ver.


A britânica BBC em Portugues tamém traz alguma informação que vale a pena aceder sobre o Zimbabwe.

Dentro do Zimbabwe, pode-se aceder ao website do Daily News, com informação actualizada, ou ainda o conceituado The Herald



A ZANU-PF de Robert Mugabe e o MDC de Morgan Tsivangirai aguardam com muita expectativa pelos resultados.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Dhlakama ABANDONA DELEGADO POLÍTICO EM HOMOINE

Parte A
"(...)O Presidente de Portugal irá encontrar-se, hoje, com o Presidente da RENAMO em Maputo. Dhlakama interrompeu a sua digressão ao sul do País onde esteve a trabalhar com os quadros do Partido que dirige, em Inhambane, capacitando-os em matéria de Liderança, políticas sectoriais bem como a história da RENAMO" (Maria Ivone Soares, porta-voz do gabinete de Eleições da Renamo, 25/03/2008).
Parte B
"O líder do maior Partido da oposição (Renamo), Afonso Dhlakama, que escalou Inhambane entre 18 e 22 de Março corrente, abandonou o corpo do seu delegado político no Distrito de Homoine, Jacinto Queface Chaúque, que teve morte por paragem cardíaca, sabado, dia 22, quando o seu presidente, de forma imprivisível, irrompeu em sua residência no povoado de Binguane, quando o local do comício, agendado para daí a algumas horas, estava às moscas" (MAGAZINE INDEPENDENTE, 26/03/2008).

Mexidas no Ministério da Defesa em Moçambique: Tobias Dai sai e Filipe Nhussi Entra

O PR Armando Guebuza exonerou o Ministro da Defesa Tobias Dai e, em sua substituição nomeou Filipe Nhussi para o cargo. É uma mexida que até as últimas semanas era muito exigida por vários quadrantes da opinião pública no País.

terça-feira, 25 de março de 2008

Gilberto Correia novo Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique

Gilberto Correia foi eleito Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) naquilo que foram as eleições mais renhidas e concorridas de todos os tempos naquela agremiação. Fica assim decidido por poder de voto que o Sobrinho (Correia) assume a liderança depois de uma vitória sobre o tio (Caldeira). está de parabéns !
Há quem considere que a eleição de Gilberto Correia na Ordem representa uma viragem na casa e um rejuvenescimento da Ordem, uma vez que já havia várias inquietações em torno da actuação do anterior elenco.
A Juventude começa a assumir a vontade de ver o País ganhar uma nova dinâmica. Depois de Jorge Oliveira (36 anos, advogado) assumir a direcção da Associação dos Escritores Moçambicanos é a vez de Gilberto Correia (35 anos, advogado) Assumir a OAM.

Será que os jovens advogados ... ????

segunda-feira, 24 de março de 2008

Eleições na Ordem dos Advogados de Moçambique

José Manuel Caldeira, por uma advocacia honesta, interventiva e solidária, e Gilberto Correia, por uma ordem empreendedora, são os dois candidatos a Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique nas eleições a terem lugar a 25 de Março de 2008, que concorrem para a Sucessão de Carlos Cauio.
Estes dois parentes, Caldeira (tio) e Correia (sobrinho), estão a protagonizar uma campanha eleitoral de grande visibilidade nos média. Enquanto que o sobrinho aposta na televisão para atingir o seu eleitorado, o tio usa a internet (www.josecaldeira.org) como ferramentas de campanha eleitoral, para além de outros meios.

Que vença o mais votado !!!

domingo, 23 de março de 2008

Vergonha em Portugal: Professora e aluna violentam-se por telemóvel

Mais uma cena de violência, importante para a análise das relações entre professores e alunos, teve lugar em Portugal, numa turma do 9º ano da Escola Secundária Carolina Michaëlis, que protagoniza a confrontação entre uma aluna e uma professora, cuja divulgação na Internet está a alimentar mais um debate sobre a indisciplina na escola e disputas políticas em Portugal.
O video, que pode ser visto aqui , retrata uma cena de desobediência de uma aluna a quem a professora retirara o telemóvel durante a aula e que mandava sentar no lugar. Em reacção, a aluna, uma adolescente, grita à docente, e à força procura recuperar o telemóvel, agarrando à professora e impedindo-a de abrir a porta.
Será que a professora agiu errado ? Ou a aluna é que agiu errado ? é um problema do sistema ?

Desejos de uma feliz Páscoa a todos !

PS: Atenção, o INSS de Moçambique é uma instituição que deve ser respeitada pois é lá onde mensalmente os contribuintes Moçambicanos asseguram parte das suas vidas. É impensável que a gestão financeira do INSS seja objecto de grandes desvios. Isto a propósito do destaque que o semanário Savana dá a um eventual uso dos dinheiros daquela instituição para fins alheios ao objecto da instituição.

domingo, 16 de março de 2008

Campo do Desportivo de Maputo Vendido por + de 60 milhões de Mts

O Jornal Domingo de hoje 16/03/2008 tem uma noticia da venda do campo de futebol do Clube Grupo Desportivo de Maputo, liderado por Michel Grispos, à empresa NADHARI, por USD 2.281.753,00 (cerca de 60 milhões de meticais), cujo contrato foi assinado pelos seguintes actores:




campo do Desportivo quando ainda tinha relvado

Grupo Desportivo de Maputo
  1. Michel Grispos - Presidente de direcção
  2. Manuel Jorge M. Soares - Vice Presidente de direcção
  3. Óscar Castro Paul - Vice Presidente de direcção
  4. António Jorge R. Grispos - Vice Presidente de direcção
NADHARI
  1. Manuel Jorge Macome - Presidente executivo
  2. Janiel S. sales lucas - Director executivo
O Jornal domingo refere ainda que esta venda surge numa altura em que a cidade de Maputo se debate com a falta de campos de futebol e que a mesma direcção havia anunciado, publicamente, a intenção de colocar relva natural no campo.

O domingo refere ainda que o comprador do campo sempre se manifestou disposto a construir um complexo desportivo, mas ainda não existe acordo para tal, a não ser que os sócios defendam essa alternativa na próxima Ass. Geral, sócios esses que, segundo a notícia em referência, recomendaram a venda do campo numa reunião da Assembleia Geral há tempo atrás, cuja acta foi assinada apenas pelo senhor Joaquim Jorge de Araújo.

Um outro dado interessante da notícia é o seguinte e passo a citar : Curiosamente, a direcção do Desportivo de Maputo anunciou no contrato promessa que o dinheiro seria depositado na conta que o clube tem no BCI - Banco Comercial e de Investimentos, com o número 2064549.10.02, mas terá sido feita já uma transferência para a conta dum membro da direcção no Millennium BIM.

Se efectivamente o campo já foi vendido por um lado o Clube Desportivo pode ter feito um bom negócio visto do lado dos business, mas fez um mau negócio do ponto de vista desportivo e do ponto de vista social em geral, a não ser que pretenda deixar de ser uma das maiores escolas de jogadores de futebol de Moçambique, que pretenda desvincular-se do futebol e apostar em outras modalidades, ou ainda adiquirir um espaço para um novo estádio, uma construção de raiz e de qualidade, melhor localizada, etc.

Sobre os depósitos dos valores da venda do campo em contas individuais aí há problemas. Esse valor, aplicado em investimentos de capital e outros investimentos financeiros, rende juros que podem acumular-se na conta individual. Não pensemos que 2 milhões de usd entram no Banco e ficam a espera que se realizem assembleias, o dinheiro corre de mão em mão a uma velocidade considerável em Moçambique.






Esperemos para ver o que acontece nos próximos dias...!!!

sexta-feira, 14 de março de 2008

Privatizar TPM e introduzir o Metro de Maputo (?!?!)

O Jornal notícias de hoje, no seu caderno de economia aponta que o pesquisador e engenheiro mecânico António Matos, autor de um estudo intitulado “Transportes Públicos Urbanos”, apresentado e debatido há dias, em Maputo defendeu a necessidade de a empresa Transportes Públicos de Maputo (TPM) ser privatizada futuramente para poder desempenhar um papel mais eficiente para o benefício dos cidadãos.
Um outro engenheiro Mecânico, Erik Charas, também pesquisador, defendeu na mesma ocasião o “Metro de Maputo", desafio que considera viável, uma vez que, segundo argumenta, o País tem recursos para o efeito.
É preciso começar-se a pesquisar e a reflectir também sobre as opções e modelos de governação que pretendemos adoptar em Moçambique, se vamos continuar a privatizar tudo ou a economia pública ainda pode continuar a ter um peso significativo em áreas como transportes urbanos e outras tendencialmente concorrenciais.
Eu não sou apologista da privatização total dos transportes públicos urbanos, porque podem gerar ineficiência. Só na cidade de Maputo, onde efectivamente há carência em termos de transporte urbano público, é bom que se saiba que o fluxo de passageiros é muito elevado e que os custos para o bolso do cidadão são mais reduzidos quando optam pelos carros dos TPM.
O Problema na minha óptica, está na forma como os decisores de política de transportes em Moçambique lidam com esta situação, e com a sensibilidade desses decision makers em relação ao funcionamento do sistema, sem descurar de outros factores.
É necessário que a própria empresa TPM tenha um olho empresarial (tal como faz com os autocarros de luxo) que não ponha em causa o benefício social da sua actividade.
Em relação ao "Metro de Maputo", isso faz-me lembrar um candidato à Presidente do município de Maputo há anos atrás, que no seu manifesto de campanha eleitoral apontava como trunfo o metro de Maputo. Se não me falha a memória o candidato era Silvério Ronguane, um académico.
Sem tirar o mérito ao pesquisador Charas, afinal de contas tudo é possível, acho que essa solução é boa e possível sim, mas quem sabe no futuro...
É pena que não possamos aceder imediatamente a estes estudos, assim teriamos mais informação sobre como foram efectuados e até podia se dar o caso de não ser necessário estar a divagar sobre aspectos já levantados no estudo, mas se fosse possível gostariamos que fossem mais divulgados.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Relatorio dos EUA sobre Moçambique

Tenho estado a acompanhar o grande destaque que a imprensa Moçambicana vem dando ao Relatório dos EUA sobre os Direitos Humanos em Moçambique. Alguma imprensa aponta os aspectos negativos apontados pelos EUA em relação à Moçambique, outra imprensa, escassa, apresenta os aspectos positivos que constam do referido relatório.
Efectivamente este relatório tem como fontes de dados instituições governamentais e privadas Nacionais, ONG´s, pesquisadores, dentre outros e é de salutar esta iniciativa criadora que os EUA tem levado à cabo em prol (??) dos direitos humanos e da estabilidade política no País.
O Congresso dos EUA também devia fazer relatórios idênticos sobre o seu País e convocar a imprensa Moçambicana, através da sua embaixada em Maputo, para divulgar, afinal de contas é mais fácil obter dados no terreno e também interessa-nos saber como é que vão as coisas do lado de lá, por exemplo em relação ao Iraque e ao Médio Oriente em Geral, em relação as prisões norte americanas (Guantanamo é um exemplo ), em relação a liberdade de imprensa naquele País, em relação à governação de Bush.
Não sou completamente apologiosta das opções de Mugabe, Fidel Castro, Sadam Hussein, Mummar Kadhafi entre outros opositores sobejamente conhecidos de algumas políticas das terras do tio Sam, mas é preciso que a auto-estima e o patriotismo passem de meras ideias filosoficas a hábitos e práticas que possamos ver no dia-a-dia, mesmo em situações de pobreza.
Que os leigos em relações internacionais e diplomacia e também em jornalismo nos iluminem....!!!!

terça-feira, 11 de março de 2008

Armando Guebuza Remodela Governo

O Presidente Armando Guebuza acaba de fazer remodelações Governamentais.
Segundo comunicado da Presidência da República, Armando Guebuza, exonerou em despachos presidenciais separados, Alcinda António de Abreu do cargo de Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação; Esperança Machavela, do cargo de Ministra da Justiça; António Munguambe, do cargo de Ministro dos Transportes e Comunicações e Luciano de Castro, do cargo de Ministro da Coordenação da Acção Ambiental.

No Lugar destes, o PR nomeou Oldemiro Balói para o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação; Maria Benvinda Levi para o cargo de Ministra da Justiça; Paulo Zucula para o cargo de Ministro dos Transportes e Comunicações e Alcinda Abreu para o cargo de Ministra para a Coordenação da Acção Ambiental.

Vamos aguardar que os analistas políticos façam os comentários e opinem sobre estas mexidas,mas apriori dá para ver que Armando Guebuza até tolera, mas também tem limites....

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Raul Castro ascende ao Poder !!

Raul Castro, irmão mais novo de Fidel Castro, é o novo Chefe do Estado Cubano.
El comandante continua a liderar os Cubanos segundo Raul

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Fidel Castro renuncia !!


El Comandante Renunciou à Presidência !!!

Vamos nos ausentar por uns 6 dias para dar uma espreitadela ao país real. voltamos em breve...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Expulso semana passada do Partido ZANU-PF: Ex-ministro Zimbabweano candidata-se a Presidente

1. O Jornal noticias de hoje destaca na sua última página que Simba Makoni, candidato independendte às eleições Presidenciais Zimbabweanas de 29 de Março próximo, lançou o seu manifesto eleitoral, uma semana após ter sido expulso do Partido do Presidente Robert Mugabe.

2. Makoni, segundo a fonte, diz que: "O nosso programa político começa por descrever o Zimbabwe de hoje uma nação triste, cheia de medo, uma nação em profundo stress, uma nação tensa e polarizada, uma nação com doenças e extrema pobreza. E isto define o trabalho a fazer".
3. Apelou ainda aos membros do Partido de Mugabe a romperem com o Partido e candidatarem-se independentemente aos órgãos do poder estatal

4. Tsvangirai, o líder do MDC já manifestou a vontade de trabalhar com Simba no sentido de afastar Mugabe do poder.
5. Mugabe, que tenciona arrebatar um sexto mandato no próximo dia 29 de Março, declarou na semana passada à Imprensa zimbabweana que está "desejoso" de que as eleições ocorressem livres e de forma transparente.
É caso para Recordar Charles Warner: "A POLÍTICA CRIA ESTRANHOS COMPANHEIROS DE CAMA".

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Dia dos namorados !!

Amanhã é dia de São Valentim, dia dos namorados, e a corrida às floristas de Maputo já começou, tendo estas casas de comercialização de flores registado nos últimos dias um fluxo de pessoas, maioritariamente jovens, que procuram fazer as suas encomendas de brindes (flores ) para os seus parceiros.

Amanhã, dia 14 de Fevereiro, certamente que a procura por rosas será maior, e os preços das flores também não ficaram para trás na grande guerra dos aumentos dos preços. Nas principais floristas da cidade de Maputo os bouquets de rosas tem preços que vão dos 300 mtn em diante em média.

Para a maioria dos jovens Moçambicanos vale a pena comprar onde os preços são mais acessíveis, no mercado de rosas das esquinas de Maputo, onde os preços são mais baixos e há maior possibilidade de negociação.

Mas há outras possibilidades de demonstrar o amor em dias de São Valentim, um passeio pelo miradouro de Maputo, com umas palavras e trocas de mimos à mistura, ou ainda um almoço ou jantar no Refeba, com uma vista ao mar em Quelimane, ou ainda uma passeata no wimbe e deliciar-se com a variedade de restaurantes ali existentes, ou ainda deliciar-se do Lago com a sua companheira para quem está em Niassa.

Há varias outras alternativas de lugares e brindes para os namorados e casados neste dia de São Valentim, é só uma questão de criatividade, simplicidade e originalidade !!


A todos um feliz dia de São Valentim !!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Trafico de crianças Vs. Direitos Humanos

As famosas 40 crianças usadas para tentar lançar poeira sobre a opinião pública, alegando um suposto tráfico de menores, já regressaram à casa dos pais. Não surtiu efeito esta tentativa de alguns opinion makers sobejamente conhecidos mesmo com as insistências de alguns círculos, após várias confirmações segundo as quais não se tratava de tráfico de menores nenhuns.

Talvés seja necessária uma educação cívida sobre o conceito de tráfico para os menos entendidos na matéria. Solicitamos a quem de direito que o faça.

No entanto, ficou em bem patente a clara violação dos Direitos da Criança Moçambicana pela forma como aqueles meninos foram transportados, em camiões de carga, pela alimentação que tiveram ao longo do percurso e pela falta de atenção das pessoas que as levavam para Maputo, pois cometeram muitas irregularidades e inclusivé deixaram uma criança para trás sem se aperceberem (falta de cuidado).

Recentemente vi a Senhora Alice Mabota a vir em Defesa das crianças, voltando a tocar na tecla do tráfico sem factos nem dados concretos. Fiquei feliz por saber que a Liga dos Direitos Humanos está atenta a situação, pena que tenha vindo a público tão tarde. A sociedade já sentia saudades da Sra. Alice Mabota, sumiu durante algum tempo... Espero que não mude o discurso em relação à defesa dos direitos humanos, principalmente nos reclusos Moçambicanos como vinha fazendo ...

Mas enfim, os direitos humanos dos Moçambicanos tem que ser salvaguardados a todo o custo.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Ministerio da Juventude e jovens moçambicanos

As Associações Juvenís priratas estão na mira do Governo e segundo o Ministro da Juventude e Desportos, David Simango, não se pode tolerar mais esta situação convidando os jovens e as direcções provinciais da instituição a serem próactivos em relação às oportunidades que o Programa Geração Biz oferece.
Há dias atrás o Ministério da Juventude disse que era preciso que as associações juvenís se capacitassem em elaboração e implementação de projectos, para melhor utilização do Fundo de Apoio as Iniciativas Juvenis (FAIJ). Estas constatações são aquelas que vieram à público no mais recente Conselho Consultivo do MJD.

Na minha opinião o Ministério da Juventude e Desportos podia ser mais informativo em relação àquilo que faz no sector da Juventude. Sinto que há uma maior atenção ao desporto, não sei se é por ser uma área menos transversal, talvés seria melhor chamarmos de Ministério dos Desportos e da Juventude. Muitos jovens Moçambicanos, principalmente nas grandes cidades, continuam a enfrentar o problema da falta de emprego, falta de habitação à baixo custo para aqueles que já estão empregados, Falta de espaços e oportunidades para a ocupação dos tempos livres, o que favorece à criminalidade e pratica de actos de vandalismo.

O Fundo de apoio as iniciativas Juvenis foi e é uma boa iniciativa do MJD, mas é uma iniciativa que ainda está muito aquem das expectativas dos Jovens, as estatísticas irão dizer-nos no futuro. Além do FAIJ, acho que era importante pensar-se em Programas governamentais estruturais e conjunturais virados para os jovens. O maior programa juvenil do Governo´, o Programa Geração BIZ, é uma iniciativa com grande impacto nos jovens, mas é um programa virado ao combate ao HIV-SIDA. Apesar de ser um bom Programa do MJD este é um programa defensivo e não de avanço.

A legalização das Associações Juvenís deve ser mais flexível. Não vale a pena fazermos caça às bruxas a grupos de jovens que levam à cabo boas iniciativas para a sociedade só porque não estão a conseguir fazer face ao elevado nível burocrático que envolve a legalização das associações Juvenis. A Legalização das Associações juvenís deve ser mais flexibilizada. As leis servem para facilitar e melhorar a vida das comunidades.

O programa do Governo, na sua secção de juventude aponta para a criação e institucionalização do INSTITUTO DA JUVENTUDE. Acredito que isso ainda vai acontecer e a criação desta instituição seja uma mais-valia para a juventude pois acredito que haverá uma maior capacidade de análise e procura de melhores soluções para os Jovens Moçambicanos.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Solução para os preços dos "Chapa100": Subsidios aos transportadores

O Aumento do preço do Barril de petróleo no mercado internacional tem efeitos sobre os preços de combustíveis em Moçambique. Sabe-se que o preço dos combustíveis é um elemento determinante da produção global de um País.
Moçambique é um país importador de combustíveis e um aumento no seu preço leva as empresas a produzirem menos logo à partida e o saláriop real (w/p) - salários sobre os preços - cai. As pessoas tem o mesmo salário que auferiam (salário nominal), mas o poder aquisitivo do mesmo é inferior, devido ao aumento dos preços.
A situação dos semi-colectivos em Maputo, é uma dessas situações típicas que cria problemas para o Governo. Se este não fizer nada numa situação destas, pode sofrer uma situação de contração da economia e aumento dos preços.
Acomodar choques por meio de de políticas expansionistas, subsidios, podem levar à economia e estabilizar-se novamente, mas o custo de manter a produção e o emprego inalterados depois de um choque será um aumento maior do nível de preços.
Isto significa dizer que a curto prazo o subsídio pode ser uma solução para a problemática dos semi-colectivos, mas qual é o efeito a médio e longo prazo ? até quando os preços dos transportes se manterão inalterados e o governo subsidiará se os preços dos combustíveis tendem a aumentar ?

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Ainda sobre os preços de Transportes e Combustiveis: É preciso pensar-se no futuro !

A decisão ficou em manter os preços dos semi-colectivos "chapa100" nos valores anteriores à tomada da decisão de aumento. Portanto, o custo de uma passagem irá manter-se nos 5,00 mt e 7,5mt na cidade de Maputo. Ontem os transportadores não se fizeram à rua, mas hoje a vida já começa a voltar a normalidade, apesar da Escassez de Gasolina que se verificou durante o dia na maior parte das estações de abasecimento de Combustível de Maputo.

Uma fonte credivel do ramo petrolífero assegurou-me ainda hoje que esta escassez de combustível em Maputo deveu-se ao facto de os principais fornecedores não terem distribuído o combustível nos dias 5 e 6 de Fevereiro nas estações de abastecimento de Maputo, devido à turbulência que se vivia na capital do País. Prefiriram evitar o pior.

Agora que as coisas estão mais calmas é preciso fazer-se uma séria e profunda reflexão sobre o futuro curto,médio e longo. Não se deve esquecer que os preços dos combustíveis estão a aumentar em todo o mundo, que os transportadores não estão a gerar lucros com as tarifas que aplicam, que o Governo deve encontrar uma alternativa viável que passe pelo subsídio ou outra acção de política orçamental ou monetária que ponha cobro a situação,e que os salários reais diminuem à medida que o custo de vida aumenta.

Que solução ?

Como tornar acessível o discurso político: falando sobre o futuro

Achei interessante partilhar hoje este texto de Francisco Ferraz
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Qualquer manifestação política verbal não pode prescindir da clareza, sob pena de não ser entendida pelos eleitores. E uma das palavras mais usuais à linguagem do poder é futuro. Aprenda a falar sobre ele de maneira factível
Não há regra mais importante na comunicação política do que clareza. A política depende do falar: discursar, argumentar, conversar etc. Não basta, entretanto, a palavra para que o candidato diga o que quer, da forma que bem entender. Se ele não falar de maneira a ser entendido pelos eleitores, sua comunicação não vai funcionar. A comunicação, nunca é demais repetir, "não é o que você quer dizer para os outros, mas aquilo que os outros estão interessados em ouvir", na feliz expressão de Ogilvy. Como se usa, na comunicação política, a mesma linguagem usada na comunicação convencional – nas conversas em família, com amigos, no trabalho, no lazer – os conceitos políticos incorporam um grau de ambigüidade muito alto. Diferentes pessoas, numa discussão, por exemplo, usam o mesmo termo com significados diferentes - em certos casos, inclusive opostos. O conceito de poder carrega um significado político muito diferente do que quando aplicado às relações familiares, afetivas, de trabalho, associativas etc.
A linguagem política não guarda qualquer semelhança com aquela empregada na medicina
Nesse aspecto, a linguagem política se diferencia radicalmente daquelas usadas em outras especialidades e profissões - como na física, na biologia, na medicina, na engenharia, no direito, na economia, etc. Estas áreas do conhecimento possuem uma terminologia que só os iniciados nela entendem, depois de um período de treinamento e estudo. Seus termos e conceitos possuem significados claros, não ambíguos, além de conterem referências externas observáveis e previamente descritas, o mais das vezes, de forma quantitativa - fenômenos, sintomas, eventos e comportamentos, por exemplo. Assim, no mundo da medicina, uma convulsão, por exemplo, possui uma descrição sintomática precisa, permitindo a qualquer médico que a observe chegar ao mesmo diagnóstico, dando ao fenômeno o mesmo nome. Tal não ocorre na política, cujos termos mais importantes ao desenvolvimento de teorias e a análise e descrição dos eventos são fartamente partilhados com o senso comum. Atente-se, por exemplo, para a universalidade de uso de conceitos como poder, influência, conflito, interesses e consenso, tão usados na linguagem comum e, por outro lado, tão centrais para a política.
Futuro
O termo futuro é muito usado na política. Os discursos de governantes e de opositores a todo momento referem-se a ele ora como esperança, ora como época de dificuldades. Muito cuidado ao utilizar a palavra futuro na comunicação com o eleitor, uma vez que quanto mais baixo seu nível sócio-econômico, mais distante, remoto e até irrelevante parecer-lhe-á o futuro. Soa-lhe muitas vezes como uma desculpa antecipada para o candidato se justificar pelo que não fará, caso seja eleito, mesmo que o tenha prometido. O futuro na campanha eleitoral é muito próximo (de um a dois anos e, no limite, até quatro anos para certos projetos e providências de realização complicada). Ao falar sobre o futuro próximo, o candidato pode anexar algo sobre um prazo mais longo. Mas isso deve ser pintado como grandioso, sem ser utópico.
O eleitor, por definição, não quer esperar pelos projetos que ele próprio escolheu
Jamais se deve esquecer que o eleitor é imediatista. Ele sabe que a convergência que faz o político (pessoa importante) procurá-lo (pessoa comum) é ocasional, curta, não duradoura e incerta. Por isso, espera resultados imediatos e críveis. É preferível oferecer menos do realizável a curto prazo, do que muito do que já foi muitas vezes prometido e não realizado - ou do que pareça-lhe pouco provável de realizar no curto prazo. O período da promessa crível em uma eleição é o mandato. Ao fim deste, havendo a possibilidade de reeleição, pode-se então extrapolar os objetivos para o próximo período. O contato com o eleitor deve ser estabelecido a partir da realidade atual, quando as melhorias podem ser julgadas como realizáveis ou não. É mais prudente prometer menos do que se sabe que vai realizar - e, quando se entrega a obra ou realização, deve-se divulgar fortemente que se fez além do prometido, pela capacidade administrativa e pelo bom uso do dinheiro público.
Além disso, é conveniente realizar-se aos poucos a obra ou projeto, para valorizá-la, manter um ritmo de mudança contínua e fazer com que as pessoas acompanhem a execução do início até o seu fim. Se tudo for concluído logo, passados alguns anos do mandato as pessoas não mais a valorizarão como uma realização nova, uma conquista, uma demonstração de capacidade da sua gestão. Acostumadas com ela, a sensação que têm é que aquilo já não conta muito politicamente a seu favor. Aquela realização está prestes a se encaminhar para o esquecimento das circunstâncias de sua implementação.
Aqui é impossível não recordar Maquiavel, quando diz, em O Príncipe: "O mal deve ser feito de uma só vez, mas o bem deve ser feito aos poucos, porque as pessoas esquecem o bem que lhes foi feito com muita facilidade".
Francisco Ferraz
Editor Responsável: Francisco Ferraz

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Preços dos "chapas" já não vão subir por enquanto

Os Preços dos Chapas já não vão subir, segundo os resultados da negociação entre o governo e a Federação dos transportadores (FEMATRO), que se prolongou pela noite de ontem para resolver a questão das manifestações que paralisaram muitas actividades na cidade de Maputo.

Na manhã de hoje as pessoas fizeram-se à rua, mas para sua surpresa os transportadores não estão a circular, provavelmente devido a vários factores. Um deles é provavelmente o medo dos transportadores de serem violentados pelos populares pois a situação de ontem criou algum medo no seio dos motoristas e cobradores dos chapas.

Outro factor pode ser uma provável greve silenciosa por parte dos transportadores pois segundo alegam, eles é que estão a subsidiar os passageiros quando devia ser o Governo a fazê-lo, e com os preços actuais não é possivel cobrir os custos de exploração e muito menos lucrar neste negócio concorrencial.

E agora ? quem subsidia a quem ? por um lado temos os transportadores que dizem que os custos de combustíveis são altos e que são insustentáveis; por outro lado está o cidadão que defende que os salários são baixos e a estes preços dos transportes o custo de vida é insustentávelmente alto; e por outro o Ministério dos Transportes e Comunicações que procura mediar de alguma maneira a situação.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Presidente do Banco Mundial em Moçambique Vs. Tumultos em Maputo

Hoje fiquei a saber que o Presidente do Banco Mundial Robert Zoellick, deu nota positiva ao crescimento da Economia Moçambicana, no final da sua visita a Moçambique, num périplo que o levará igualmente a Mauritânia, Liberia e Etiopia. Esta performance, caracterizada por um crescimento económico médio de 8% ao ano e uma redução da pobreza em 15% nos últimos anos, irá contribuir para melhorar o nível de vida das populações, segundo Robert Zoellick.

Apesar das palavras satisfatórias e encorajadoras do Banco Mundial, a situação económica e social na cidade de Maputo está tumultuosa, com as manifestações iniciadas na manhã de hoje, 05/02/08, causadas pelo aumento das tarifas dos transportes semi-colectivos "chapa100", aliado ao aumento do preço do pão e de alguns produtos básicos no mercado de Maputo, um mercado determinante no desempenho da economia de Moçambique.

A consequencia imediata foi a paralisação dos transportes públicos e inclusivé particulares, e o encerramento de vias de acesso e de vários estabelecimentos comerciais nas principais praças comerciais de Maputo, nomeadamente a Baixa da cidade, o alto-maé, o mercado central, os acessos ao mercado de Xipamanine, Fajardo, etc.

Os bancos comerciais também encerraram algumas dependências, o que está a gerar uma paralisação de várias transacões. Idém para a telefonia móvel que, mais uma vez, dada a azáfama, demonstrou que ainda precisa de melhorar a sua capacidade.

Agora fiou um ping-pong entre os transportadores, o governo e os populares. cada um puxa a braza para o seu lado !! Só espero que as expectativas criadas pelo Banco Mundial em relação à economia Moçambicana se reajustem o mais rápido possível.
Foto tirada aqui

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Mais um VW "carochinha" foi-se em Maputo

Mais uma das poucas viaturas VW "Carochinha" que ainda resistem na cidade de Maputo foi-se na última sexta-feira, levada pelas chamas na esquina entre as Avs. 24 de Julho e Carl Marx. Até ao final de domingo, dia dos Héróis Nacionais, a carochinha ainda estava lá na esquina...
O Jornal noticias refere que o condutor sofreu ferimentos.
Esses carros .. .. .. estão a ficar escassos... !!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Tráfico de Crianças em Moçambique, Religião, Sensassionalismo em alguma imprensa ou Mal Entendidos ?

Há um suposto tráfico de crianças em Moçambique que vem à baila, com a detenção de um indivíduo que tranportava 40 crianças de algumas Províncias para Maputo.
Logo após a detenção do camião, houve alguma precipitação e sensacionalismo de alguns órgãos de informação e de alguns círculos de opinião, em afirmar que tratava-se de tráfico de crianças, e inclusivé surgiu o aproveitamento político da situação e a procura imediata de protagonismo por parte de alguns círculos que se afirmam legitimos para falar sobre esses assuntos.

Faltou cautela e investigação do assunto antes de procurar-se pelas pessoas e instituições certas. Depois veio a público a voz de alguns pais das referidas crianças afirmando que os seus filhos iam a Maputo, com o seu consentimento, cumprir com práticas religiosas em maputo.

Um representante da comunidade Muçulmana disse na TVM que não há tráfico de menores, faz parte da tradição da zona norte os pais entregarem os seus filhos para serem educados. O representante averiguou e soube-se que o homem transportou as crianças por iniciativa individual, porque em Maputo há as melhores escolas "Madrassa".

A Polícia da República de Moçambique (PRM) está a trabalhar no assunto e tem o indivíduo sob sua custódia, está a investigar, mas sempre há uma pulga para atrapalhar, até as investigações.

A questão mantem-se: Haverá mesmo tráfico de crianças em Moçambique ? Será que trata-se de sensasionalismo de alguma imprensa precipitada ? Ou Trata-se de questões religiosas dos islâmicos?

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Tarifa dos "Chapa 100" afectam o Povo e a economia Moçambicana

Os transportadores dos semi-colectivos, vulgo "chapa 100" (não confundir com Chapa100) , através da sua Confederação, a Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), acabam de propor ao governo o agravamento das tarifas de passagem dos actuais 5,00 mt/7,50 mt para 12,50 a 14,5o mt por passageiro.
A subida dos preços de combustiveis é a principal causa desta reacção dos transportadores que, segundo alegam, estão a carregar o "fardo" dos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis há bastante tempo. Por outro lado, a transportadora pública já anunciou que vai agravar as tarifas dos actuais 4,50 mt para 5,00 mt apartir do póximo dia 1 de fevereiro, alegando igualmente a subida dos preços dos combuistíveis e o aumento do valor dos custos de exploração dos TPM (Transportes Públicos de Maputo).

O Povo não ficou para trás: O Bairro da Matola J, na província do Maputo, acordou em alvoroço ontem quando um grupo de transportadores semicolectivos de passageiros, da rota Matola “J”Mavoco, decidiu alterar a tarifa de passagem de 5 para 7.50 meticais, segundo o Jornal Notícias.
Ainda segundo aquele órgão de informação, a medida não foi bem acolhida pelos utentes, na sua maioria pequenos agricultores, que foram amotinar-se na terminal exigindo a redução do valor. Essa manifestação levou os “chapeiros” a pararem com a actividade e dezenas de pessoas a ficarem privadas daquele serviço.
Para os manifestantes, não se justifica que de uma hora para outra os transportadores alterem a tarifa porque os utentes daquela via não possuem muitos recursos para sustentar as viagens.
Alguns "analistas" já apontam para uma negociação que possa culminar numa tarifa de 10,00 mt por passagem após a negociação entre os tranportadores e o Governo, tomando em consideração o salário mínimo nacional, que ronda aos 1.700,00 mt.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Conjuntura Económica e Financeira da Primeira semana de Janeiro em Moçambique

Os preços de alguns produtos básicos na cidade de Maputo, com destaque para o frango vivo, a batata-reno, carne de vaca e carapau, apresentaram uma tendencia de redução, depois da aceleração da inflacção verificada verificada na quadra festiva.

O Banco de Moçambique aponta no seu comunicado 01/2008 (1ª Fonte) para uma depreciação do metical face ao Dólar norte americano, provavelmente devido à elevada inflacção registada em finais de Dezembro último. Contudo as tendências de Davos, onde decorre o Fórum Económico Mundial, mostram uma direcção contrária da moeda americana.

Uma outra fonte nacional (2ª fonte consultada) aponta que o açucar branco, ovos importados, batata importada, farinha de trigo nacional, arroz extra nacional, frango congelado importado, farinha de milho nacional e cebola importada são aqueles cujos preços reduziram, não além dos 5% nos mercados de Maputo.

Por outro lado a minha 3ª fonte (23/01/08) aponta que a Cidade de Maputo registou na presente semana uma redução na oferta de produtos agrícolas comparativamente a semana passada e que nos últimos sete dias houve apenas entrada de milho adquirido em Manica e amendoim importado da Republica da África do Sul (RAS).

A questão que se coloca é: Quem é que manda na gestão de informação sobre os mercados económicos e financeiros em Moçambique. É necessário que se pense em melhorar as capacidades e a coordenação institucional entre os agentes (pelo menos os formais) que divulgam dados, por forma a que os investidores não fiquem tontos.

Banco Mundial elogia Moçambique na luta contra pobreza

Intitulado “cumprindo o improvável – sustentar a inclusão na economia em crescimento em Moçambique”, o Banco Mundial apresentou, esta sexta-feira, as conclusões do estudo sobre a avaliação de pobreza, de género e social 2008. O mesmo revela que os índices de pobreza em Moçambique têm estado a conhecer significativas reduções, sobretudo depois das primeiras eleições multi-partidárias de 2004.

Segundo o mesmo estudo, a maioria dos moçambicanos, mesmo os mais pobres, está a conhecer melhorias nas suas condições de vida, graças a rendimentos mais elevados e à posse de mais bens domésticos. O Banco Mundial destaca as áreas de serviços, agricultura e sobretudo da educação como as que conheceram significativos avanços.
“Congratulamo-nos com a estratégia do governo de expandir o programa de educação da rapariga nas zonas rurais. E um dos grandes alcances foi a quebra da rotina das desistências de raparigas nas escolas, e isto está a expandir-se para várias províncias”, disse Louise Fox, chefe da equipa de elaboração do estudo.

O Banco Mundial sublinha no estudo que uma das grandes conquistas foi a frequência escolar ter aumentado significativamente entre 1997 e 2003, especialmente entre as famílias pobres e a diferença nas taxas de matrículas escolares entre raparigas e rapazes no ensino primário estar rapidamente a desaparecer, ultrapassando os velhos preconceitos sobre o interesse em educar as raparigas.

Redacção

Fonte: o País online

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Forum Económico Mundial 2008 - Encontro da economia Global

O Fórum Economico Mundial iniciou hoje em Davos, na Suiça e o assunto em destaque, segundo as informações que nos chegam pelos meios que nos permitem aceder é que o assunto principal é a crise nos mercados financeiros do mundo, em particular a crise económica nos EUA, o país mais rico do planeta terra.

A subida dos preços do petróleo a nível mundial, a "falência" do mercado imobiliario dos EUA, a instabilidade da bolsa de valores e a recessão económica daquele país é o grande ponto de debate que alimenta as incertezas que reinam á volta da cimeira.
Há correntes dentro da Cimeira que defendem que as economias subdesenvolvidas ou em desenvolvimento e os seus mercados poderão ser a grande alavanca para ofuscar o efeito da recessão Norte Americana na economia global.

Ainda estamos a espera de uma revolução económica mundial do séc. XXI, para fazer face às revoluções dos Monetaristas, Keynesianos, pós-Keynesianos e aos insistentes neo-clássicos do norte, que poderá acontecer nas próximas décadas acredito. Aí talvés não hajam mais plataformas económicas mundiais apenas para resolver os problemas de um lado do mundo e não deixar sequer pensar o outro lado do mundo. Talvés seja por isso que a cimeira de Davos já começa a apelar para uma "competição corporativa" na economia global.

Muitos de nós Moçambicanos continuamos grandemente atrelados ao pensamento económico ocidental e ás teorias e modelos económicos desajustados à nossa realidade, por isso dificilmente estaremos em condições de fazer valer ideias originais e encontrar modelos apropriados para o nosso desenvolvimento económico.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Posição de Moçambique no Ranking da Transparência Tnternacional

No ano 2007 Moçambique posicionou-se no 111º posto do ranking CPI da Transparência Internacional, num universo de 179 países, o que significa que o "País da marrabenta" não está mau em termos de transparência e liberdades.
Há tempos atrás Moçambique já esteve nos lugares cimeiros da lista dos países mais corruptos do mundo, mas agora os indicadores são favoráveis ao nosso País.
A World Democracy Audit overall ranking coloca Moçambique em 81º lugar num universo de 0-150, usando uma metodologia aceitável . Em termos de direitos políticos Moçambique encontra-se na linha média segundo estas estatísticas. Estes dados indicam também que Moçambique está acima da média em termos de liberdades individuais e de imprensa.
No que diz respeito a corrupção Moçambique posicionou-se em 88º num universo 0-145

Estes são dados referentes ao ano 2007, destas duas fontes internacionais relativamente ao desempenho de Moçambique do ponto de vista de liberdades, corrupção, transparência e integridade.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

PARABÉNS PRESIDENTE ARMANDO GUEBUZA
PELO SEU 65º ANIVERSÁRIO NATALÍCIO


sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O Administrador de Palma, em Cabo Delgado e a moeda nacional

O Administrador do Distrito de Palma, em Cabo Delgado é acusado pela população de ter rasgado publicamente e atirado ao mar a moeda nacional, o metical, pretensamente de jovens que estavam envolvidos em jogo de azar, segundo o Jornal notícias de hoje. Também foi acusado de ter inflaccionado os preços de moageiras compradas no âmbito dos 7 milhões em seu benefício.







Ainda bem que o Governador de Cabo Delgado, Eliseu Machava, já enviou ao terreno uma Comissão para averiguar o assunto. Mas a população não pode dizer coisas dessas sem bases, principalmente em comícios populares.


Este Administrador, a ser verdade o que se alega contra ele, constitui um mau exemplo de governação transparente.


A população Moçambicana já começa a ganhar uma maior capacidade de compreensão sobre a cidadania e sobre os seus direitos e deveres constitucionais. Já é prática as pessoas serem mais abertas e participativas nos comícios populares, exigindo mais funcionalismo na resolução dos seus problemas.


Hoje ninguem admite nem deve admitir que um governante faça desmandos como este referenciado acima a seu belprazer, principalemnte nesta altura em que o Combate a corrupção, para além de ser o discurso político do momento, é de bom agrado que seja prático.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Agricultura no Patio da Escola Industrial de Maputo ??

Vi no jornal da manhã da Televisão de Moçambique (TVM) de hoje uma mini-reportagem do Jornalista Esmeraldo Mondlane na qual falava sobre uma machamba que está no pátio da Escola industrial de Maputo...que mais parecia ser uma escola agrária de Maputo. Seria altura de repensar-se no nome da instituição porque, por aquilo que pude ver quando dei uma passada por lá, a agricultura ali praticada está a surtit efeitos maravilhosos. tem lá várias culturas, com destaque para o milho, cujas plantas estão bem altas.

E esta agora ? será que aquele milho é obra de algum trabalho "industrial" dos alunos daquela escola, será que é uma obra da direcção da escola no âmbito do empreendedorismo, ou será obra de um curioso que encontrou terreno fértil para a prática da agricultura?


Também pode ser uma parceria entre escolas industriais e agrárias...



Mas a machamba "jardim" está lá, o Ministério da Educação devia ver, mas ninguem deve morrer a fome por aquelas bandas, há lá muito milho !!!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Preço do arroz importado cai em alguns mercados depois da quadra festiva

Os preços do arroz importado praticados ao consumidor em Moçambique caíram depois da quadra festiva (2 de Janeiro) em alguns mercados monitorados pelo Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA).

Comparativamente aos preços vigorados na semana passada (26 de Dezembro), a Cidade de Quelimane registou aqueda mais acentuada de 20% passando o produto a custar cerca 14,00 Mts/kg. A Cidade de Manica é outro mercado que merece atençãocom uma queda de 15%, baixando o preço para17,50 Mts/kg, seguida da Cidade de Nampula onde o preço caiu em 13% situando-se em cercade 14,00 Mts/kg.

No entanto, o mercado da Vila de Alto Molócuè registou uma subida de 15% ao passar de 20,49Mts para 23,64 Mts por quilograma.Nos restantes mercados os preços do arroz importado mantiveram-se estáveis durante apassagem da quadra festiva. Uma comparação depreços entre os mercados mostra que os consumidores da Cidade de Tete estão a pagar preço mais alto (25,00 Mts/kg) na compra deste produto. Entretanto, o preço mais baixo foi o bservado na Cidade de Chókwè (11,38 Mts/kg).

Fonte: Quente-Quente nº 652

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Dr. Castel-Branco e o Desenvolvimento Economico em Moçambique

O economista Moçambicano Carlos Nuno Castel-Branco, disse em entrevista ao semanário britânico "the economist", que não há desenvolvimento económico em Moçambique. O Canal de Moçambique faz referência ao pronunciamento do Dr. Castel Branco, que aponta o crescimento económico no país como consequencia dos mega-projectos de multinacionais e que grande parte da população ainda vive da agricultura de subsistência nas zonas rurais.

No entanto, a reportagem em causa do "The Economist", para além do pronunciamento do Economista Moçambicano, faz uma radiografia da economia de Moçambique, onde aponta alguns dados que indicam crescimento e desenvolvimento.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Banimento de Músicas: Faz Parte da Revolução Cultural

O blog MoçambiqueOnline tem algumas reacções de internautas sobre o pronunciamento da Presidente do CSCS, Dra Julieta Langa,segundo o qual algumas músicas deviam ser "filtradas" de órgãos de comunicação social.
Esta revolução músical que também é uma revolução cultural que se verifica em Moçambique, iniciada por uma geração de jovens músicos que procuram afirmar-se na sociedade e no mercado, ainda tem muitos contornos pela frente.

É Caso para repetir uma expressão que muito ouvimos do Veterano da Luta Armada de Moçambique, Marcelino dos Santos, nos seus pronunciamentos: A revolução não se faz com flores.

Na revolução, para eliminar e vencer todos os exploradores que causam a pobreza e o sofrimento do povo, é preciso lutar contra sua prepotência e violência, de maneira agressiva e firme. Não há situação agradável para os ricos, donos de montes de dinheiro, de bancos e de multinacionais e ao mesmo tempo para o simples vendedor ambulante, cobrador de "chapa100", desempregado, etc. E para tomar o que é seu por direito, porque o povo cumpre com as suas obrigações, essas classes desfavorecidas devem unir-se tem que ter a capacidade de exigir que os seus direitos sejam consagrados; e só a Revolução é permite isso.




A revolução cultural também é uma forma de desenvolvimento...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Paquistão e Kenya: Lugares Perigosos do Mundo




O Paquistão e o Kenya afiguram-se actualmente como os lugares mais perigosos para se viver no mundo. O Paquistão, um dos países com maior população islâmica do mundo, com um forte conservadorismo e tradições moderadas, viu-se abalado com o assassinato de Benazir Bhutto, então candiata a Primeira-Ministra, gerando uma onda de voilência sem precedentes. No Kenya, após as eleições Presidenciais, a violência veio ao de cima, mesmo com tentatitas de John Kufuor, o "cabeça" da UA de levar a um acordo entre Mwai Kibaki, o Presidente eleito, e o Lider do Movimento da Oposição Democrática (ODM), Raila Odinga.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

ALGUMAS MÚSICAS MERECEM BANIMENTO

A PRESIDENTE do Conselho Superior da Comunicação Social (CSCS), órgão com a missão de regular as mensagens transmitidas pela imprensa nacional, Julieta Langa, é de opinião que algumas músicas emitidas na “media”, particularmente na rádio e televisão públicas, deviam simplesmente ser eliminadas por colocarem em questão aspectos morais de certos sectores da sociedade.

“Há músicas que simplesmente não deviam passar. Aqui não há grande diferença como quando tu escreves um artigo (jornalístico) que incita a violência ou ao tribalismo, actos com consequências muito nefastas. Não pode ir ao público” , disse a fonte, falando à AIM sobre os conteúdos das músicas emitidas pelas rádios e televisões do país nos últimos dias.
Langa reconhece, porém, a importância da contribuição dos músicos jovens moçambicanos no enriquecimento da cultura local e no resgate de valores culturais há muito esquecidos. “Com a produção desses jovens, é possível preencher emissões de rádio ou de televisão durante 24 horas, realizar festas ou outro tipo de eventos, com recurso a música exclusivamente nacional de qualidade e de todos os ritmos”.
Mas afirma que nem todos esses números musicais deviam ser tocados nos espaços da programação da rádio e televisão públicas. Igualmente - acrescentou - existem aquelas músicas e vídeos que só merecem ser difundidas em circuito fechado.
“Como por exemplo, aquelas músicas veiculando mensagens com conteúdos que mexem com a sensibilidade sociocultural, pondo em causa os valores e princípios da ideologia educativa da maior parte das comunidades do país. É necessário que os “media” comecem a classificar o seu repertório de entretenimento distinguindo, claramente, o que é meramente pornográfico, erótico, romântico interventivo ou humorístico”, disse ela.
Em entrevista a revista moçambicana mensal “Prestígio”, o músico moçambicano José Guimarães, concorda sobre a necessidade de criação de uma instituição de censura para lidar com as músicas entoadas pelos jovens.
“Temos que fazer coisas com responsabilidade. Nada de andar a vulgarizar coisas sérias”, defendeu Guimarães, um músico com 39 anos de experiência, sugerindo que algumas dessas músicas devem ser tocadas apenas em discotecas.
Para Julieta Langa, o necessário não é exactamente uma instituição de censura, mas a (re)definição de parâmetros estabelecendo o que deve ser tocado e o momento apropriado da programação para o efeito, considerando a visão de todos os sectores da sociedade.
“As rádios e televisões devem guiar-se pelos princípios de pluralismo e da diversidade do público para quem servem, justificou a presidente do CNCS, vincando que maior responsabilidade recai sobre os órgãos públicos, Rádio Moçambique e Televisão de Moçambique, por estes emitirem os seus programas para todos os grupos sociais de quase todo o país.
Segundo ela, a Rádio Moçambique, por exemplo, já teve parâmetros do género no passado, sendo necessário uma simples questão de os recuperar e actualizá-los. Esta aposta seria fácil para a emissora pública nacional porque ainda existem os profissionais que implementaram estes parâmetros no passado.
A fonte avança a hipótese de os profissionais terem abandonado esses parâmetros por recearem ser considerados antidemocráticos e ultrapassados, caindo, porém, no erro crasso de permitir tocar todo o tipo de músicas sem olhar para o impacto que isso pode causar na formatação de comportamentos sociais e culturais da sociedade.
Mas a solução desse problema não depende apenas da ‘boa vontade’ das rádios e televisões. A Lei de Imprensa estabelece que o CSCS tem como algumas das atribuições, agir na defesa do interesse público e velar pelo respeito da ética social comum.
O CSCS é competente para abordar aspectos musicais, como parte das emissões, quando sejam difundidas nos media. Apesar de reconhecer que na generalidade a lei prevê estas competência, Langa afirma não haver regulamentos aprovados pelo Governo para orientar actividade do CSCS e permitir-lhe uma actuação sistemática e proactiva.
Igualmente, ela diz não existir capacidade técnica (em termos de equipamento especializado para captação de emissões) para realizar este trabalho, bem como é preciso haver coordenação com outros sectores de actividade, como é o caso de organismo ligados à área cultural.
“Vamos intervir quando houver meios para a instalação efectiva da capacidade necessária para o cumprimento da nossa missão constitucional. Desde a sua criação, o Conselho ainda não beneficiou da necessária atenção do Governo, como, por exemplo, para a sua profissionalização, definição do perfil dos seus membros”, referiu Langa.
Segundo ela, actualmente, os membros do CSCS encontram-se numa situação de conflitos de interesse, porque muitos deles continuam sendo jornalistas no activo.
“´É preciso uma harmonização regional da legislação que deve governar o Conselho. Há muita coisa que precisa de ser vista com atenção, por exemplo a definição de políticas a serem adoptadas para que o CSCS seja de facto uma instituição socialmente relevante”, desabafou a fonte.
Mas, com esses mesmos problemas, o CSCS já teve intervenções de vulto no passado, tendo tomado várias decisões, dentre as quais a paralisação da emissão de alguns itens publicitários considerados impróprios para o consumo do público. “No mandato anterior, do qual também fui presidente, houve um volume assinalável de intervenções do que a actual produção…”
“De facto durante esse tempo o CSCS foi visível e unido. Os seus membros eram activos e tinham uma vontade enorme de trabalhar. As pessoas dedicavam-se e tiveram muita paciência e esperança na resolução dos problemas que desde lá até dificultam de forma dramática o nosso trabalho”, referiu ela.

MUHAMUD MATSINHE, da AIM

Fonte: Noticias 09/01/2008 - (Fotos editadas aleatoriamente)