Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2007, o crescimento econômico em Moçambique continuou forte, apesar de diversos choques exógenos.As receitas ficaram acima do programado devido à intensa atividade no setor de impostos domésticos diretos. Porém, despesas de investimento ficaram abaixo do programado, por causa de uma insuficiência de financiamento externo. Graças a políticas monetárias prudentes, a inflação básica (excluindo alimentos e energia) ficou contida em 5,1 por cento e a inflação geral caiu de 13,2 por cento em 2006 para 8,2 por cento, apesar das altas nos preços internacionais de alimentos e petróleo. As reservas líquidas internacionais continuaram a aumentar e alcançaram um patamar confortável, equivalente a 5 meses deimportação de bens e serviços.
A declaração da missão do FMI em Moçambique aponta igualmente e passo a citar: "Um importante progresso foi observado na área de fortalecimento da administração das finanças públicas e na ampliação da base tributária. No setor estrutural, a auditoria interna e externa das finanças públicas foi consideravelmente fortalecida. Além disso, o Conselho de Ministros adotou uma nova estratégia de médio prazo para redução docusto de fazer negócios, de forma a tornar o ambiente empresarial de Moçambique maiscompetitivo no âmbito do SADC até 2015. Para assegurar a administração transparente de recursos naturais, a missão recebeu muito bem a decisão tomada pelas autoridades no sentidodo país se tornar membro da Extractive Industry Transparency Initiative (EITI). A intenção das autoridades em fortalecer o monitoramento e transparência dos grandes projetos, em particular, foi muito bem vista. Nesse contexto, todas as regulamentações relacionadas às leis tributárias de mineração e petróleo foram lançadas".
Mas o FMI não deixa de falar das perspectivas positivas para 2008 na economia de Moçambique, condicionadas pelas recentes calamidades naturais que poderão limitar o crescimento económico. Por outro lado o FMI considera que as reformas nas finanças públicas necessitam de apoio internacional.
Vamos continuar a registar crescimento económico nos próximos anos provavelmente, mas uma questão que "encabula" os nossos amigos do FMI é a grande questão da ligação entre crescimento económico (crescimento dos indicadores macro-económicos como o PIB, Investimentos, Exportações, etc), desenvolvimento económico (que inclui o melhoramento do nível de vida dos cidadãos) e distribuição da riqueza vertical e horizontalmente.
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