Blog sobre Moçambique

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O Administrador de Palma, em Cabo Delgado e a moeda nacional

O Administrador do Distrito de Palma, em Cabo Delgado é acusado pela população de ter rasgado publicamente e atirado ao mar a moeda nacional, o metical, pretensamente de jovens que estavam envolvidos em jogo de azar, segundo o Jornal notícias de hoje. Também foi acusado de ter inflaccionado os preços de moageiras compradas no âmbito dos 7 milhões em seu benefício.







Ainda bem que o Governador de Cabo Delgado, Eliseu Machava, já enviou ao terreno uma Comissão para averiguar o assunto. Mas a população não pode dizer coisas dessas sem bases, principalmente em comícios populares.


Este Administrador, a ser verdade o que se alega contra ele, constitui um mau exemplo de governação transparente.


A população Moçambicana já começa a ganhar uma maior capacidade de compreensão sobre a cidadania e sobre os seus direitos e deveres constitucionais. Já é prática as pessoas serem mais abertas e participativas nos comícios populares, exigindo mais funcionalismo na resolução dos seus problemas.


Hoje ninguem admite nem deve admitir que um governante faça desmandos como este referenciado acima a seu belprazer, principalemnte nesta altura em que o Combate a corrupção, para além de ser o discurso político do momento, é de bom agrado que seja prático.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Agricultura no Patio da Escola Industrial de Maputo ??

Vi no jornal da manhã da Televisão de Moçambique (TVM) de hoje uma mini-reportagem do Jornalista Esmeraldo Mondlane na qual falava sobre uma machamba que está no pátio da Escola industrial de Maputo...que mais parecia ser uma escola agrária de Maputo. Seria altura de repensar-se no nome da instituição porque, por aquilo que pude ver quando dei uma passada por lá, a agricultura ali praticada está a surtit efeitos maravilhosos. tem lá várias culturas, com destaque para o milho, cujas plantas estão bem altas.

E esta agora ? será que aquele milho é obra de algum trabalho "industrial" dos alunos daquela escola, será que é uma obra da direcção da escola no âmbito do empreendedorismo, ou será obra de um curioso que encontrou terreno fértil para a prática da agricultura?


Também pode ser uma parceria entre escolas industriais e agrárias...



Mas a machamba "jardim" está lá, o Ministério da Educação devia ver, mas ninguem deve morrer a fome por aquelas bandas, há lá muito milho !!!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Preço do arroz importado cai em alguns mercados depois da quadra festiva

Os preços do arroz importado praticados ao consumidor em Moçambique caíram depois da quadra festiva (2 de Janeiro) em alguns mercados monitorados pelo Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA).

Comparativamente aos preços vigorados na semana passada (26 de Dezembro), a Cidade de Quelimane registou aqueda mais acentuada de 20% passando o produto a custar cerca 14,00 Mts/kg. A Cidade de Manica é outro mercado que merece atençãocom uma queda de 15%, baixando o preço para17,50 Mts/kg, seguida da Cidade de Nampula onde o preço caiu em 13% situando-se em cercade 14,00 Mts/kg.

No entanto, o mercado da Vila de Alto Molócuè registou uma subida de 15% ao passar de 20,49Mts para 23,64 Mts por quilograma.Nos restantes mercados os preços do arroz importado mantiveram-se estáveis durante apassagem da quadra festiva. Uma comparação depreços entre os mercados mostra que os consumidores da Cidade de Tete estão a pagar preço mais alto (25,00 Mts/kg) na compra deste produto. Entretanto, o preço mais baixo foi o bservado na Cidade de Chókwè (11,38 Mts/kg).

Fonte: Quente-Quente nº 652

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Dr. Castel-Branco e o Desenvolvimento Economico em Moçambique

O economista Moçambicano Carlos Nuno Castel-Branco, disse em entrevista ao semanário britânico "the economist", que não há desenvolvimento económico em Moçambique. O Canal de Moçambique faz referência ao pronunciamento do Dr. Castel Branco, que aponta o crescimento económico no país como consequencia dos mega-projectos de multinacionais e que grande parte da população ainda vive da agricultura de subsistência nas zonas rurais.

No entanto, a reportagem em causa do "The Economist", para além do pronunciamento do Economista Moçambicano, faz uma radiografia da economia de Moçambique, onde aponta alguns dados que indicam crescimento e desenvolvimento.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Banimento de Músicas: Faz Parte da Revolução Cultural

O blog MoçambiqueOnline tem algumas reacções de internautas sobre o pronunciamento da Presidente do CSCS, Dra Julieta Langa,segundo o qual algumas músicas deviam ser "filtradas" de órgãos de comunicação social.
Esta revolução músical que também é uma revolução cultural que se verifica em Moçambique, iniciada por uma geração de jovens músicos que procuram afirmar-se na sociedade e no mercado, ainda tem muitos contornos pela frente.

É Caso para repetir uma expressão que muito ouvimos do Veterano da Luta Armada de Moçambique, Marcelino dos Santos, nos seus pronunciamentos: A revolução não se faz com flores.

Na revolução, para eliminar e vencer todos os exploradores que causam a pobreza e o sofrimento do povo, é preciso lutar contra sua prepotência e violência, de maneira agressiva e firme. Não há situação agradável para os ricos, donos de montes de dinheiro, de bancos e de multinacionais e ao mesmo tempo para o simples vendedor ambulante, cobrador de "chapa100", desempregado, etc. E para tomar o que é seu por direito, porque o povo cumpre com as suas obrigações, essas classes desfavorecidas devem unir-se tem que ter a capacidade de exigir que os seus direitos sejam consagrados; e só a Revolução é permite isso.




A revolução cultural também é uma forma de desenvolvimento...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Paquistão e Kenya: Lugares Perigosos do Mundo




O Paquistão e o Kenya afiguram-se actualmente como os lugares mais perigosos para se viver no mundo. O Paquistão, um dos países com maior população islâmica do mundo, com um forte conservadorismo e tradições moderadas, viu-se abalado com o assassinato de Benazir Bhutto, então candiata a Primeira-Ministra, gerando uma onda de voilência sem precedentes. No Kenya, após as eleições Presidenciais, a violência veio ao de cima, mesmo com tentatitas de John Kufuor, o "cabeça" da UA de levar a um acordo entre Mwai Kibaki, o Presidente eleito, e o Lider do Movimento da Oposição Democrática (ODM), Raila Odinga.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

ALGUMAS MÚSICAS MERECEM BANIMENTO

A PRESIDENTE do Conselho Superior da Comunicação Social (CSCS), órgão com a missão de regular as mensagens transmitidas pela imprensa nacional, Julieta Langa, é de opinião que algumas músicas emitidas na “media”, particularmente na rádio e televisão públicas, deviam simplesmente ser eliminadas por colocarem em questão aspectos morais de certos sectores da sociedade.

“Há músicas que simplesmente não deviam passar. Aqui não há grande diferença como quando tu escreves um artigo (jornalístico) que incita a violência ou ao tribalismo, actos com consequências muito nefastas. Não pode ir ao público” , disse a fonte, falando à AIM sobre os conteúdos das músicas emitidas pelas rádios e televisões do país nos últimos dias.
Langa reconhece, porém, a importância da contribuição dos músicos jovens moçambicanos no enriquecimento da cultura local e no resgate de valores culturais há muito esquecidos. “Com a produção desses jovens, é possível preencher emissões de rádio ou de televisão durante 24 horas, realizar festas ou outro tipo de eventos, com recurso a música exclusivamente nacional de qualidade e de todos os ritmos”.
Mas afirma que nem todos esses números musicais deviam ser tocados nos espaços da programação da rádio e televisão públicas. Igualmente - acrescentou - existem aquelas músicas e vídeos que só merecem ser difundidas em circuito fechado.
“Como por exemplo, aquelas músicas veiculando mensagens com conteúdos que mexem com a sensibilidade sociocultural, pondo em causa os valores e princípios da ideologia educativa da maior parte das comunidades do país. É necessário que os “media” comecem a classificar o seu repertório de entretenimento distinguindo, claramente, o que é meramente pornográfico, erótico, romântico interventivo ou humorístico”, disse ela.
Em entrevista a revista moçambicana mensal “Prestígio”, o músico moçambicano José Guimarães, concorda sobre a necessidade de criação de uma instituição de censura para lidar com as músicas entoadas pelos jovens.
“Temos que fazer coisas com responsabilidade. Nada de andar a vulgarizar coisas sérias”, defendeu Guimarães, um músico com 39 anos de experiência, sugerindo que algumas dessas músicas devem ser tocadas apenas em discotecas.
Para Julieta Langa, o necessário não é exactamente uma instituição de censura, mas a (re)definição de parâmetros estabelecendo o que deve ser tocado e o momento apropriado da programação para o efeito, considerando a visão de todos os sectores da sociedade.
“As rádios e televisões devem guiar-se pelos princípios de pluralismo e da diversidade do público para quem servem, justificou a presidente do CNCS, vincando que maior responsabilidade recai sobre os órgãos públicos, Rádio Moçambique e Televisão de Moçambique, por estes emitirem os seus programas para todos os grupos sociais de quase todo o país.
Segundo ela, a Rádio Moçambique, por exemplo, já teve parâmetros do género no passado, sendo necessário uma simples questão de os recuperar e actualizá-los. Esta aposta seria fácil para a emissora pública nacional porque ainda existem os profissionais que implementaram estes parâmetros no passado.
A fonte avança a hipótese de os profissionais terem abandonado esses parâmetros por recearem ser considerados antidemocráticos e ultrapassados, caindo, porém, no erro crasso de permitir tocar todo o tipo de músicas sem olhar para o impacto que isso pode causar na formatação de comportamentos sociais e culturais da sociedade.
Mas a solução desse problema não depende apenas da ‘boa vontade’ das rádios e televisões. A Lei de Imprensa estabelece que o CSCS tem como algumas das atribuições, agir na defesa do interesse público e velar pelo respeito da ética social comum.
O CSCS é competente para abordar aspectos musicais, como parte das emissões, quando sejam difundidas nos media. Apesar de reconhecer que na generalidade a lei prevê estas competência, Langa afirma não haver regulamentos aprovados pelo Governo para orientar actividade do CSCS e permitir-lhe uma actuação sistemática e proactiva.
Igualmente, ela diz não existir capacidade técnica (em termos de equipamento especializado para captação de emissões) para realizar este trabalho, bem como é preciso haver coordenação com outros sectores de actividade, como é o caso de organismo ligados à área cultural.
“Vamos intervir quando houver meios para a instalação efectiva da capacidade necessária para o cumprimento da nossa missão constitucional. Desde a sua criação, o Conselho ainda não beneficiou da necessária atenção do Governo, como, por exemplo, para a sua profissionalização, definição do perfil dos seus membros”, referiu Langa.
Segundo ela, actualmente, os membros do CSCS encontram-se numa situação de conflitos de interesse, porque muitos deles continuam sendo jornalistas no activo.
“´É preciso uma harmonização regional da legislação que deve governar o Conselho. Há muita coisa que precisa de ser vista com atenção, por exemplo a definição de políticas a serem adoptadas para que o CSCS seja de facto uma instituição socialmente relevante”, desabafou a fonte.
Mas, com esses mesmos problemas, o CSCS já teve intervenções de vulto no passado, tendo tomado várias decisões, dentre as quais a paralisação da emissão de alguns itens publicitários considerados impróprios para o consumo do público. “No mandato anterior, do qual também fui presidente, houve um volume assinalável de intervenções do que a actual produção…”
“De facto durante esse tempo o CSCS foi visível e unido. Os seus membros eram activos e tinham uma vontade enorme de trabalhar. As pessoas dedicavam-se e tiveram muita paciência e esperança na resolução dos problemas que desde lá até dificultam de forma dramática o nosso trabalho”, referiu ela.

MUHAMUD MATSINHE, da AIM

Fonte: Noticias 09/01/2008 - (Fotos editadas aleatoriamente)