A crise financeira Internacional em África ainda não se faz sentir na pele de muitos como na América do Norte e na America Latina e Europa. Os números do desemprego nos Estados unidos não param de aumentar, mesmo com as iniciativas fiscais e orçamentais da administração Obama.
Cá entre nós continuamos de palestra em palestra, de seminário em seminário, de debate em debate, nos vários discursos de políticos e empresários a pregar a doutrina da crise económica mundial e suas consequências. Até que não é mau!! Os actores financeiros dos mega-projectos em Moçambique tais como a MOZAL, Areias Pesadas de Chibuto e Moma, etc, já começaram a dar avisos à navegação, e afirmam que poderão, com a crise, deitar abaixo vários postos de trabalho.
Em debate na TVM, Magid Osman Economista Moçambicano, procurou moderar o medo que muitas correntes tentam criar no seio dos Moçambicanos em relação à crise. Efectivamente o que está a faltar são acções de política fiscal e orçamental que nos conduzam a um equilibrio face à crise. É importante que o Governo Moçambicano tome medidas económicas de precaução dos efeitos da crise imeadiatamente.
A título de exemplo, medida em que as pessoas vão perdendo emprego, o salários vão baixando e a renda também, e isto levará a uma redução da capacidade de pagamento. Assim, aqueles que estiverem em divida com as instituições financeiras terão menor capacidade de cobertura da dívida. Sabe-se que o crédito mal parado em Moçambique é preocupante para vários Bancos, mas atenção que não falta muito para os Bancos atingirem o limite da tolerância com a actual crise.
Como a maior parte do financiamento é dirigido a Bens duráveis tais como habitação, construções, edifícios, automóveis, etc, os Bancos não terão outra hipótese senão a recuperação desses bens. Nos contratos de financiamento esse instrumento é claro para o caso de não cumprimento. Na América e Europa, com a crise, os Bancos estão a recuperar os bens e só no Brasil possuem cerca de 100 mil automóveis, um número em crescimento.
Este exemplo era apenas para ilustrar um dos efeitos que a crise pode trazer para os indivíduos, mas o mais importante é que ao invês de se estar constantemente a debater sobre a crise e suas consequencias e a criar correntes de pensamento contraditórias deveria estar-se já a desenvolver acções de curto, médio e longo prazo para fazer face a crise. Aqui o Governo, como regulador da actividade económica tem um papel importantíssimo, mas o sector privado nacional também deve ser mais proactivo.
Basilio
2 comentários:
Chego a chamar de desonestidade quando oiço(leio), por ai o governo a tentar minimizar os efeitos da crise em Moçambique. O Presidente Guebuza fala de opurtunidades. Porque me iludir que a crise não afectará Moçambique?
Bastou-me lembrar que o nosso OGE depende de “contribuições” da comunidade internacional com economias agora debilitadas, para ter certeza que Moçambique será afectado e como.
Olho para o turismo e me pergunto:
Será que os turistas(agora desempregados) ainda virão ao Parque Nacional de Gorongosa como tinham planejado?
A dias li que o governo anda “ocultando” a verdade sobre a crise para evitar pánico. Que generosidade!
envez de estarmos a reclamar,temos que aproveitar a distracao dos chamados grandes paises para nos fomentarmos a jatrofa e producao de biocombustiveis e deixar de ser importadores e passarmos a exportadores.
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