Blog sobre Moçambique

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O jovem economista Marc Melitz

Marc Melitz é um jovem economista norte americano, actualmente considerado o melhor jovem economista daquele País. Melitz tem vários working papers úteis para estudantes de economia e não só, onde debruça-se sobre ciclos de negócios, mercado de trabalho, comércio internacional, industrialização, política monetária entre outros.
Actualmente em mudança de Universidade, Marc Metitz desenvolveu o modelo "Melitz Model", um modelo industrial dinámico que incorpora a produtividade da firma ao modelo monopolístico de Krugman (1979), o Modelo de Melitz (2003) considera um universo de países simétricos, um factor (trabalho) e uma indústria, mas este pode ser estendido para uma abordagem de países assimétricos.
Greg Mankiw, Professor de Economia de Harvard, escreve sobre Melitz.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

AMECON: Ninguem quer assumir os destinos da Associação Moçambicana de Economistas (??)

No passado dia 22 de Janeiro fiz um post intitulado "AMECON: Economistas Moçambicanos entre a coragem e a incerteza ?". Neste post eu dizia que:
O AVISO nº 02/CE/2008 da Comissão Eleitoral da Associação Moçambicana de Economistas (AMECON) publicado no jornal notícias de 21/01/2009 praticamente exorta os Economistas Moçambicanos a assumirem de uma vez por todas o rumo que se pretende dar à AMECON pois, só com a força de todos economistas Moçambicanos é possivel construir um futuro mais promissor e fazer da Associação um forte parceiro na erradicação da pobreza absoluta, mas o facto é que parece-me que ninguem quer arriscar-se a candidatar-se para os órgãos sociais, ou seja, para liderar os destinos da AMECON.
Parece que a exortação da AMECON não surtiu efeito desejado junto da classe dos economistas Moçambicanos. O aviso indicava que Abril seria o mês das Eleições para os novos órgãos da AMECON, facto que não sucedeu por falta de candidaturas até ao presente momento, segundo o comunicado que se segue que poderá ser encontrado na página web da própria AMECON:
AMECON - Associação Moçambicana de Economistas
INFORMAÇÃO/COMUNICADO

Os Órgãos Sociais (Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Conselho de Direcção) da AMECON reuniram-se no dia 24 de Fevereiro de 2009 para analisar a questão relacionada com a ausência de candidatos para a Direcção da AMECON.
A actual Direcção através da Comissão de Eleições convocou eleições para dia 15 de Abril de 2008 não tendo sido realizada por falta de candidatos. Nessa sessão da Assembleia-geral foi decidido que se deveria dar mais tempo e convocar novas eleições passados dois meses. Na sessão seguinte também não houve candidatos. Nessa altura a decisão tomada foi convocar novas eleições.
Pela 3ª vez foram convocadas novas eleições para o mês de Abril de 2009 e novamente não houveram candidatos, apesar de contactos pessoais que foram feitos.
Dada a situação prevalecente decidiu-se que a actual Direcção deveria permanecer por mais um ano enquanto procuram-se soluções. Nesse sentido, várias alternativas têm sido analisadas, nomeadamente:
Caso não haja candidatos, usar-se um método rotativo que obrigue a participação de todos os membros da AMECON;
Alteração dos estatutos prevendo situações semelhantes;
Aplicação de um sistema rotativo à semelhança do Rottary Club.
Neste contexto, solicita-se e agradece-se que todos os economistas reflictam e apresentem contribuições de como se ultrapassar a situação actual.

Maputo, Fevereiro de 2009
É um comunicado bastante lamentável num país que anualmente forma economistas, num país com condições básicas criadas para uma melhor abordagem sobre a profissão de economista, um País que já tem uma Associação de Economistas com prestígio reconhecido interna e internacionalmente, um País com economistas com crédito e mérito reconhecidos e, acima de tudo com uma nova geração de jovens economistas espalhados do Rovuma ao Maputo e do Zumbo ao Índico, preocupados com a classe e com o debate sobre a economia Nacional.
Não é de bom tom fazer comparações entre duas ou mais coisas que não estejam em igualdade de circunstâncias, mas hoje é importante para os jovens economistas Moçambicanos reconhecerem o Papel de instituições como o Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE) na pesquisa e investigação sobre questões de economia em Moçambique, o IESE constitui para muitos estudantes de economia e não só, uma fonte de pesquisa importantissima para os seus trabalhos do dia-a-dia. Hoje há quem considere que o IESE está a realizar o papel que a AMECON deveria estar a fazer. Até Pode ser verdade, de certa forma, mas a AMECON agrega outros grandes interesses da classe para além da investigação e pesquisa. No entanto acaba ficando ofuscada pela nova dinâmica e forte aposta na juventude prevalecente no IESE.
Mas eu continuo com um ponto de interrogação: porque é que ninguem assume a direcção da AMECON ? Incerteza? medo?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Dinâmicas da Pobreza e Padrões de Acumulação Económica em Moçambique

Já estão disponíveis na página do IESE as comunicações apresentadas na Conferência do IESE. São comunicações importantes que contribuem significativamente para o debate sobre a pobreza e o desenvolvimento de Moçambique.
Vale a pena visitar este link com as comunicações da Conferência do IESE para aqueles que se preocupam com questões económicas e sociais em Moçambique, investigadores, Académicos, estudantes, profissionais e muito mais podem buscar informação relevante nestas comunicações.

Banco de Moçambique - Indicadores do Sector Externo 2008

As transacções externas de Moçambique com o resto do Mundo mostram que os grandes Projectos de desenvolvimento continuam a ter um papel de destaque nos saldos do comércio externo. segundo o Banco de Moçambique, as exportações totais de bens cresceram em 10% em 2008 relativamente ao ano anterior, impulsionadas pelas exportações da economia que não os grandes projectos. O Alumínio (MOZAL) e a Energia Eléctrica têm um grande peso nas exportações Moçambicanas (cerca de 60% do total das exportações de bens em Moçambique), no entanto as exportações desses bens são relativamente menores em relação ao ano anterior.
A queda do preço do aluminio no mercado internacional e o decréscimo da quantidade de energia exportada para o vizinho Zimbabwe contribuiram significativamente para esta redução do peso da exportação destes bens.
Por outro lado há a destacar o aumento das exportações de Tabaco, Gás e combustíveis (bunkers) em Moçambique. O Tabaco devido ao aumento das vendas impulsionado pela Moçambique Leaf Tobacco (MLT) em Tete, e ao aumento do preço do tabaco no mercado internacional.
Em relação às importações, Moçambique regista um aumento das mesmas segundo o Banco Central, com destaque para o aumento das importações de combustíveis, cereais, automóveis e diversa maquinaria. É importante destacar o aumento da importação de viaturas ligeiras e pesadas pelos sectores privado e público.
Em relação ao Investimento Directo Estrangeiro (IDE), em 2008 registou-se um acréscimo com destaques para empresas dos sectores de Agricultura e produção animal, Industria transformadora, Transportes, Armazenagem, Comercio, Indústria extractiva e sector financeiro.
Dos principais paíes investidores em Moçambique destaca-se a África do Sul, que continua a ser pelo terceiro ano consecutivo o maior investidor , seguido da Suiça, Brasil, Holanda, Maurícias, Áustria, Índia, França, Macau e Tanzania.
Este estudo apresentado pelo Banco de Moçambique é últil na medida em que fornece informação estatística sobre o comportamento da balança de pagamentos em Moçambique, ou seja do saldo das importações e exportações. No entanto é importante que a autoridade Monetária Moçambicana continue a buscar inputs que permitam cobrir mais empresas Moçambicanas em inquéritos do género, particularmente no sector do turismo, que contribui significativamente para a balança de pagamentos, e não só, é importante que o sector privado, e as empresas importadoras e exportadoras de bens e serviços colaborem com o Banco Central para uma melhor informação pública sobre os indicadores do sector externo.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

1º de Maio dia do Trabalhador

O Dia do Trabalhador é celebrado anualmente no dia 1º de Maio em numerosos países do mundo, sendo feriado no Brasil, em Portugal assim como em muitos outros países.
Dia do trabalhador
Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América.
Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA . No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.
Em 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países. Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiram que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.
Fonte: wikipedia

Como ganhar dinehiro com o seu Blog ?

Estive a pesquisar vários sites na internet sobre como Ganhar dinheiro através de um blog, ou seja como tornar o blog rentável. Esta roda já foi inventada e já há quem está no negócio há mais de 10 anos e a obter bons resultados financeiros.
A minha pesquisa no Google deu-me 1.070.000 resultados quando coloquei a frase "como ganhar dinheiro com um blog" e alguns links eu recomendo para quem quer fazer da blogosfera, a médio e longo termo, uma fonte de geração de receitas.

Seguem-se alguns links que podem ser úteis:
1. Blog da Maysa de Castro
2. Site Fique Rico
3. O Blog do Dinheiro
4. Interney (provavelmente o melhor)
5. Ganhar-Dinheiro-Net

O Ponto é que hoje muitos vivem e fazem face as suas despesas blogando, investindo em publicidade nos seus websites e blogs e fazendo o e-marketing ou e-vendas através do fluxo de visitantes das suas páginas de internet.
Enquanto uns blogam por hobby e por prazer, existe o lado financial da blogosfera. Rentabilizar financeiramente os blogs ainda não é comum entre os bloguistas Moçambicanos. os Blogues de Moçambique com maior destaque são blogues de tratam de assuntos políticos, mas raramente a pensar em rentabilidade e a fazer da blogosfera um espaço de promoção do empreendedorismo.

No entanto são muitos os que dizem: tira o cavalinho da chuva, não se ganha dinheiro na net. Um artigo intitulado 4 milhões e meio de blogueiros ganham dinheiro com a Internet é o exemplo claro do debate que vai se travando sobre se efectivamente ganha-se dinheiro com um blog ou não.
O certo é que, qualquer que seja o negócio, para se obter retornos é necessário esforço, sacrifício e dedicação pois nada vem ao acaso.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Uso de bicicletas em Moçambique e o impacto na renda e despesa das familias

Qual é o impacto da introdução de bicicletas no mercado moçambicano na economia e nasofinanças das familias do País ? Fica em aberto...
Esta questão vem a propósito de noticias publicadas aqui e aqui segundo as quais cerca de 3.000 bicicletas serão colocadas no mercado para, numa primeira fase previlegiar os funcionários do Estado. Estas bicicletas servirão para os funcionários do Estado se deslocarem de e para os seus locais de trabalho em substituição paulatina dos Transportes semi-colectivos de passageiros "chapa". Este é um projecto liderado pelo Ministério dos Transportes e Comunicações (MCT) e da Indústria e Comércio (MIC)

A ideia dos promotores é de reduzir os custos dos funcionários com os autocarros e todos os transportes públicos, e ainda massificar nos cidadãos a opção por um meio de transporte amigo do ambiente, que dispensa combustíveis e que permite a prática de exercício físico, para além de supostamente reduzir o tempo de espera nas paragens dos autocarros e nos congestionamentos, agora típicos nas horas de ponta nos principais centros urbanos do país.

Seria um tema interessante analisar o impacto de introdução de bicicletas na renda disponível das familias Moçambicanas. Igualmente seria uma boa oportunidade para uma análise dos encargos do Estado e das autarquias que uma iniciativa como esta poderá causar. Obviamente que será necessário fazer uma reforma nos sistemas de estradas e sinalização rodoviária.

Quem sabe a experiência de Chimoio, de Lichinga e de Quelimane, onde a utilização de bicicletas é uma realidade, possa servir de exemplo de como estes meios são viáveis. Um outro aspecto que até chega a ser engraçado é que a cidade de Maputo, diferentemente de Quelimane, tem uma zona baixa e a parte alta da cidade, por ai o exercício físico será uma realidade visivel e espera-se que não crie constrangimentos na flexibilização do funcionalismo público.

Se esta iniciativa for efectivamente bem implementada e houver uma boa articulação entre os agentes envolvidos tanto do sector privado, governo e utentes, as familias poderão poupar mais em despesas de transportes públicos.