Blog sobre Moçambique

segunda-feira, 21 de abril de 2008

impacto da Globalização nos Negócios Regionais (Africa Austral): Prós e Contras

Segue-se um artigo de um economista amigo, o Nelson Maximiano, sobre a integração regional:
-------------------------------------------------------------------------------------------------

Impacto da Globalização nos Negócios Regionais (Africa Austral): Prós e Contras


1. Sumário Executivo

O objectivo deste ensaio e de indicar os caminhos tomados e a tomar pelos parceiros de negocios na regiao por forma a aproveitar os adventos da Globalizacao. Um passo fundamental é a noção dos prós e contras criados pela Globalizacao para a criacção e desenvolvimento dos negocios regionais. Um ponto importante neste artigo é qual é o papel de organizações não governamentais para a melhorar as oportunidades de negócios bem sucedidos e como estas organizações se podem fortalecer no processo de facilitação e suporte do sector privado corporativo.

Introduçao

A Globalização é um processo de integração económica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação. Esta reduçao de custos de trasnporte e transaccao ocorreu no século XX e beneficiou mais aos países desenvolvidos. Grande parte dos países desenvolvidos ou do ocidente estavam integrados em grupos regionais ou movimentos regionais coesos e que rápidamente procuraram a homogeneidade. A Globalização permitiu a abertura de países do terceiro mundo para o exterior. No entanto mercados internos do ocidente já saturados beneficiaram da abertura de outros mercados com novas oportunidades de comércio e exploitação de recursos e principalmente matérias primas.

A Globalização é acima de tudo um processo histórico que se consolida com a queda do bloco socialista e com o fim da coexistência pacífica. Formou-se um movimento único e o capitalismo neo-liberal. A ideia de um sistema único que assustou e continua a assustar muitos países e pessoas do mundo subdesenvolvido consolidou-se pela homogeneização dos centros urbanos nos quais as população urbana adquiriu hábitos comuns de consumo. Um ambiente favorável para a exploração de outros mercados e civilizaçoes atraiu muitas corporacoes e integrou-se dentro das estratégias de corporativas. No entanto cedo estas estratégias corporativas centraram-se na expansão para mercados diferentes e regiões geo-políticas mais carentes de fontes de investimento e de empreendedorismo. Grande parte dos negócios regionais bem succedidos surge na área das telecomunicações, eletrónica, e outros adventos tecnológicos que permitiram a regorganização geo-politica e a criação de blocos políticos e a miscelânia de culturas e hábitos e costumes. Na actualidade a globalização afecta a comunicação, comércio internacional e a circulação de bens e pessoas.

A regionalização e integração económica afecta os mundo de negócios e desta forma permite negócios mais rápidos, baratos e menos ariscados. A globalização permite que numa sociedade de conhecimento homens e mulheres de negócios, que estejam integrados ou não em corporações sejam bem sucedidos e tenham acesso a melhores condicoes de investimento e a bons negócios. Nações melhor integradas tanto em grupos regionais mas acima de tudo com os mercados internacionais ao “redor do planeta”.

O capitalismo foi um movimento que surge da ideologia. Um negócio regional bem sucedido requer mais do que pura ideologia. O surgimento de fundações teve no início como base o bem estar dos povos e nações. Negócios regionais resultam normalmente da criação de condições atraentes e que se enquadrem nos interesses e estratégias das corporaçoes multinacionais. Desta forma, a sociedade civil e as respectivas fundações tem um papel integrado para melhorar as condicoes de negocios regionais e o crescimento do nível geral de investimentos.

Um mundo globalizado pode financiar os “domestic imbalances” por muito tempo, mas nao elimina os riscos criados por desalinhos sustentabilizados das taxas de cambio nem pode sequer melhorar a pobreza das políticas macroecnómicas. Uma economia em desbalanço doméstico pode reverter a situacao se tiver acesso a mercados internacionais. No entanto, se este desbalanço se mantiver por muito tempo um dos primeiros constrangimentos é o aumento do nível de risco de investir na economia nacional. Negócios regionais são sensíveis a crises financeiras em economias pobres e pouco abertas ao comércio internacional. A ideia nao é apenas melhorar a capacidade de combater o risco na economia mas também de criar condiçoes para diminuir o risco de baixar o peso da moeda. Instituições internacionais agem a nível global e de coordenação com o objectivo de aprender lições importantes através da experiência bem como de usar esta experiência para ajudar no desenvolvimento de um sistema financeiro próspero. Outras instituições internacionais podem ajudar na melhoria de condições dentro da economia.

A globalização e o ciclo de negócios

A globalização permite a rápida circulação de pessoas e capitais. A globalizaçao aumenta a importamcia das economias regionais e transforma o processo de crescimento economico e aumento do fluxo de negocios interligado entre economias. A globalizacao resulta de mudanças significantes e em casos de sucesso permite o forte crescimento de negócios que originam comunidades vibrantes. A globalizacao e as suas consequencias directas permitem a reducao dos custos dos negocios relacionados com o trasporte de mercadorias, e os custos de transacao. Porém a globalizaçao nao permite apenas por si o aumento do numero de infraestruturas que facilita a iniciao de negocios no curto prazo. Desta forma a globalizacao pode ser desvantajosa para o ciclo de negócios. No entanto maior parte das barreiras que resultam da montagem de negócios regionais podem ser ultrapasasados por grandes negócios regionais. O maior constrangimento é a nao existencia de “staff” qualificado e de estruturas complementares. Uma abordagem governamental em relacao aos negocios regioanis e em geral bem vinda e permite uma criacao de negocios mais efectiva. Governos com maior experiencia e recursos tem vantagens comparativas em atrair grandes negócios regionais.


Nelson Maximiano
Economista

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Salario Minimo em Moçambique - Consenso na Concertação Social

Não tenho ainda muitos dados sobre a concertação para a revisão do salário mínimo, mas sei que as discussões sobre o salário mínimo nos 8 sectores de actividade alcançaram consenso e que segundo a Confederação das Associações Económicas e Empresariais de Moçambique (CTA), este consenso reflecte a realidade do País.
A Comissão Consultiva do trabalho ainda terá que validar este consenso e depois o Conselho de Ministros tem que aprovar a revisão do salário por sectores de actividade, cujas propostas variam de 15% a 30%.
Segundo o CTA, anteriormente Governo, Sindicatos e empregadores sentavam-se à mesma mesa para discutir salários para todos os sectores sem considerarem itens como a produtividade das empresas.
Voltarei a escrever sobre este assunto, no entanto se efectivamente houve consenso é um bom passo do ponto de vista diplomático. A grande questão é saber se este consenso tem efeitos multiplicadores no consumo dos indivíduos e na capacidade de gestão da cesta básica dos Moçambicanos.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Economia de Moçambique Vs. China em ascenção e EUA em Recessão !!??


As Economia Mundial vem demonstrando tendências de mudanças. A Economia norte américana já apresenta os efeitos da recessão provocada pela crise no mercado imobiliario, altos custos de combustíveis e de alimentos e o debilitante mercado de trabalho. OS EUA durante muito tempo foram adoptando tecnologia de ponta, mecanização avançada em todos os sectores da economia, sem imaginar que os custos elevados pudessem "saturar" as suas economias.

No outro lado do planeta a CHINA a cada dia assume-se como um verdadeiro "dragão" da economia global, com a conquista das empresas chinesas de novos mercados com os seus preços baixos, a mão-de-obra barata que o País oferece, uma forte revolução nas índustrias textil e alimentar que vai "sufocando" alguns colossos.

Cá entre nós admite-se que a actual recessão da Economia dos EUA não terá um grande efeito sobre a economia de Moçambique. Recentemente a economista do Standard Bank, Yvonne Mhango disse em Maputo que o impacto da crise do mercado dos Estados Unidos da América “vai ser limitado” para Moçambique, pois as exportações da Ásia estão a aumentar, que a China vem aumentando os seus negócios com Moçambique e com África e que, como a economia Moçambicana não é dependente da norte americana, não há motivo para alarme. Mhango defedeu ainda que apenas dois por cento do total das exportações moçambicanas são para os Estados Unidos, daí que não se preveja um impacto severo ao nível de Moçambique.

Aquela economista disse ainda que a África do Sul é que sofrerá com a recessão norte americana pois tem uma economia dependente dos EUA, no entanto a grande questão que se coloca é que Moçambique depende muito da economia sul africana e uma recessão económica na Africa do Sul afecta a região.

Só esperamos que a recessão da economia norte americana não se transforme em depressão, como a que ocorreu entre 1929 e 1933. Pelo Menos em Moçambique, o crescimento económico vivamente saudado pelo FMI e Banco Mundial, foi uma realidade em 2007, pese embora o primeiro trimestre de 2008 tenha sido obstruído pelos choques do lado da oferta causados por calamidades naturais.

Será que esta nova tendência da ordem económica mundial vai colocar em causa os contemporrâneos modelos de crescimento económico, que apresentam um prognóstico pessimista para os países mais pobres?

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Marketing ativo

Assistindo a um documentário na televisão, descobri que algumas empresas adotam uma estratégia de marketing bem interessante. Em suma, empresa introduz o seu produto ao consumidor sem ele saber que isso está ocorrendo. Para ilustrar a idéia, o curto documentário mostrou o caso de uma firma que inventou um controle de jogos para computador no qual o usuário não apertava botões, mas dava os comandos simplesmente ao mecher seus dedos em diversas direções.
Para expor seu novo produto no mercado, a empresa contratou dezenas de pessoas para irem a cafeterias e ficarem sentadas jogando em seus notebooks. Algumas pessoas interessadas por jogos ficavam curiosas e perguntavam ao rapaz (contratado pela empresa) como o produto funcionava, onde ele havia comprado, qual era o preço, etc. Muitas dessas pessoas também testavam o produto (tudo sem saber que o cara era contratado pela empresa).
Eu, pessoalmente, achei a idéia fantástica. É uma maneira muito legal e eficiente de introduzir um novo produto no mercado, alcançando diretamente potenciais consumidores. No entanto, nem todo mundo gostou da idéia. Alguns criticaram esse tipo de marketing justificando que a empresa estaria enganando o consumidor. Outros falavam que isso era um crime, pois as pessoas estavam participando de uma campanha de marketing sem seu consentimento.
Oras, o rapaz na cafeteria não obrigou ninguém a perguntá-lo sobre o que se tratava aquele novo controle para jogos de computador. Ele não forçou ninguém a se interessar pelo produto, muito menos a comprá-lo! O que ele fez foi simplesmente ativar a curiosidade das pessoas que tinham um interesse naquele bem! Ele ampliou o leque de oportunidades que amantes de jogos tinham antes de ir na cafeteria, cabendo a cada pessoa individualmente decidir se valeria a pena comprar aquele produto ou não.
Não existe nenhum imperativo, como clamavam os críticos que foram entrevistados no documentário, que torna esse tipo de marketing anti-ético. De que maneira as pessoas foram prejudicadas nessa campanha? Elas não foram! Muito pelo contrário, elas tiveram a oportunidade de conhecer um novo produto sem custo algum.
O preconceito contra as empresas existe em muitos lugares do mundo, inclusive em países onde as pessoas vivem melhor por causa do setor privado. Não existe outra explicação para a histeria de órgãos de defesa do consumidor para com esse tipo de propaganda feita pelas empresas. É o velho medo de que alguns enriqueçam e se dêem bem na vida. A velha concepção das pessoas de que qualquer um que gere riqueza está assim fazendo a custa dos outros.

In Rabiscos Económicos de Philipe Berman e Guilherme Stein

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Economistas dos CPLP: Integração Regional em Debate

Os Economistas dos Países de Lingua Portuguesa estão reunidos desde hoje em Maputo para em torno da integração regional, debater temas de interesse para a classe dos economistas destes países sobre os desafios desta nova ordem internacional.
Pese embora a integração regional para Moçambique leve-nos mais a uma integração na comunidade da Commonwealth por força geográfica e das relações que Moçambique tem com os Paízes fronteiriços, o factor lusofonia pode levar-nos àquilo que disse a Economista Miquelina Menezes, Presidente da AMECON na cerimonia de abertura do encontro, que a reunião representa uma troca de experiência destes países sobre os seus processos de integração económica regional.

Na ocasião tive a oportunidade de acompanhar atentamente o Ministro da Indústria e Comercio, António Fernando, que fez uma apresentação sobre a integração regional e o seu impacto em Moçambique, tendo apontado vários aspectos dos quais pude reter o papel dos corredores de Desenvolvimento de Maputo, Beira e Nampula para a economia nacional e a sua ligação com a economia da região e também a construção da Estrada Maputo-Witbank que reduziu as distancia e assim os custos de transacções entre Moçambique e a Vizinha África do Sul.
Apesar destas vantagens dos corredores de desenvolvimento que já existem, sou de opinião que o grande desafio para o futuro é a existência de um corredor de desenvolvimento Nacional em Moçambique, um corredor de desenvolvimento Norte-Sul ou vice versa. Os actuais corredores garatem uma forte ligação da economia Nacional com os Países vizinhos, garantem a entrada e saída de milhares de insumos dos países do interior usando os portos, caminhos de ferro e estradas nacionais, mas é importante que Moçambique tenha uma Linha que permita um fluxo desses insumos dentro do País, do norte ao sul, um CPRREDOR DE DESENVOLVIMENTO DE MOÇAMBIQUE, também para fazer face à integração regional.
Em relação à estrada Maputo-Witbank, só me preocupa o facto de termos uma portagem a menos de 10 km da Capital do País, facto que encarece o custo de viajar entre Maputo e Matola, duas cidades praticamente ligadas entre si. Apesar de a construção desta estrada ter reduzido a distancia entre Maputo e Ressano Garcia em cerca de 30Kms e de ter melhorado as condições da estrada, também encareceu os indivíduos que têm que atravessar diariamente a portagem para se deslocarem aos seus postos de trabalho.

Portanto, a integração regional tem vantagens macro-económicas, mas também têm custos e é ai onde se encontra a questão central, a análise, por parte de economistas e académicos da relação custo-benefício quando se fala de integração económica regional, e temos o caso de Angola, que por enquanto ainda não aderiu à zona de comércio livre na SADC, como um caso de estudo para ser analisado no futuro. Será que Angola fez uma boa opção? Será que Moçambique no seu actual estágio, estará em condições de ser um país concorrencial ao nível da região?

Não é por acaso que o Presidente da República Armando Guebuza saudou a escolha do tema na sua intervenção, e disse que o debate levado à cabo em Moçambique, durante o ano 2007, sobre a abertura do comércio livre trouxe ao de cima várias questões económicas e Sociais e ainda há outros desafios pela frente tais como a união aduaneira e a união monetária. o Presidente reconheceu a complexidade que este assunto envolve.

sábado, 5 de abril de 2008

VII Reunião dos Economistas dos Países da CPLP em Maputo

Realiza-se de 9 a 11 de ABRIL de 2008 em Maputo, a VII reunião anual de Economistas dos Países da CPLP , uma tradição no seio dos economistas dos países de língua portuguesa, envolvendo representantes do meio académico, empresarial, político e da comunicação social, com o objectivo de promover o intercâmbio de experiências e estimular a discussão de temas candentes da ciência económica e dos desenvolvimentos das economias locais.
A Associação de Economistas de Moçambique (AMECON), liderada pela Dra. Miquelina Menezes tem em mão a coordenação do evento e a recepção de economistas vindos dos quatro cantos do mundo e que têm como grande referência a comunicação em língua portuguesa.

Sob o lema “ Integração Regional e a Economia dos Países da CPLP”, este encontro, segundo a AMECON, constitui uma oportunidade única para que em conjunto, todos os actores do cenário económico do espaço falante da língua portuguesa partilhem os últimos desenvolvimentos das suas economias.

Temas a serem tratados:
1. Experiência da Integração Regional nos Países de Língua Portuguesa;
2. As oportunidades da Produção Nacional versus concorrência que resulta da Integração;
3. Desafios e Oportunidades da Integração Regional (a nível intra e internacional);
4. Efeitos ou reajustes sócio-econômicos de Integração Regional nos Países Membros
5. Livre Comércio Internacional e Desenvolvimento Regional
6. Desafios e Integração para o desenvolvimento

quinta-feira, 3 de abril de 2008

FMI congratula-se com crescimento económico de Moçambique em 2007

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2007, o crescimento econômico em Moçambique continuou forte, apesar de diversos choques exógenos.As receitas ficaram acima do programado devido à intensa atividade no setor de impostos domésticos diretos. Porém, despesas de investimento ficaram abaixo do programado, por causa de uma insuficiência de financiamento externo. Graças a políticas monetárias prudentes, a inflação básica (excluindo alimentos e energia) ficou contida em 5,1 por cento e a inflação geral caiu de 13,2 por cento em 2006 para 8,2 por cento, apesar das altas nos preços internacionais de alimentos e petróleo. As reservas líquidas internacionais continuaram a aumentar e alcançaram um patamar confortável, equivalente a 5 meses deimportação de bens e serviços.
A declaração da missão do FMI em Moçambique aponta igualmente e passo a citar: "Um importante progresso foi observado na área de fortalecimento da administração das finanças públicas e na ampliação da base tributária. No setor estrutural, a auditoria interna e externa das finanças públicas foi consideravelmente fortalecida. Além disso, o Conselho de Ministros adotou uma nova estratégia de médio prazo para redução docusto de fazer negócios, de forma a tornar o ambiente empresarial de Moçambique maiscompetitivo no âmbito do SADC até 2015. Para assegurar a administração transparente de recursos naturais, a missão recebeu muito bem a decisão tomada pelas autoridades no sentidodo país se tornar membro da Extractive Industry Transparency Initiative (EITI). A intenção das autoridades em fortalecer o monitoramento e transparência dos grandes projetos, em particular, foi muito bem vista. Nesse contexto, todas as regulamentações relacionadas às leis tributárias de mineração e petróleo foram lançadas".
Mas o FMI não deixa de falar das perspectivas positivas para 2008 na economia de Moçambique, condicionadas pelas recentes calamidades naturais que poderão limitar o crescimento económico. Por outro lado o FMI considera que as reformas nas finanças públicas necessitam de apoio internacional.
Vamos continuar a registar crescimento económico nos próximos anos provavelmente, mas uma questão que "encabula" os nossos amigos do FMI é a grande questão da ligação entre crescimento económico (crescimento dos indicadores macro-económicos como o PIB, Investimentos, Exportações, etc), desenvolvimento económico (que inclui o melhoramento do nível de vida dos cidadãos) e distribuição da riqueza vertical e horizontalmente.