Blog sobre Moçambique

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Tráfico de Crianças em Moçambique, Religião, Sensassionalismo em alguma imprensa ou Mal Entendidos ?

Há um suposto tráfico de crianças em Moçambique que vem à baila, com a detenção de um indivíduo que tranportava 40 crianças de algumas Províncias para Maputo.
Logo após a detenção do camião, houve alguma precipitação e sensacionalismo de alguns órgãos de informação e de alguns círculos de opinião, em afirmar que tratava-se de tráfico de crianças, e inclusivé surgiu o aproveitamento político da situação e a procura imediata de protagonismo por parte de alguns círculos que se afirmam legitimos para falar sobre esses assuntos.

Faltou cautela e investigação do assunto antes de procurar-se pelas pessoas e instituições certas. Depois veio a público a voz de alguns pais das referidas crianças afirmando que os seus filhos iam a Maputo, com o seu consentimento, cumprir com práticas religiosas em maputo.

Um representante da comunidade Muçulmana disse na TVM que não há tráfico de menores, faz parte da tradição da zona norte os pais entregarem os seus filhos para serem educados. O representante averiguou e soube-se que o homem transportou as crianças por iniciativa individual, porque em Maputo há as melhores escolas "Madrassa".

A Polícia da República de Moçambique (PRM) está a trabalhar no assunto e tem o indivíduo sob sua custódia, está a investigar, mas sempre há uma pulga para atrapalhar, até as investigações.

A questão mantem-se: Haverá mesmo tráfico de crianças em Moçambique ? Será que trata-se de sensasionalismo de alguma imprensa precipitada ? Ou Trata-se de questões religiosas dos islâmicos?

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Tarifa dos "Chapa 100" afectam o Povo e a economia Moçambicana

Os transportadores dos semi-colectivos, vulgo "chapa 100" (não confundir com Chapa100) , através da sua Confederação, a Federação Moçambicana dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO), acabam de propor ao governo o agravamento das tarifas de passagem dos actuais 5,00 mt/7,50 mt para 12,50 a 14,5o mt por passageiro.
A subida dos preços de combustiveis é a principal causa desta reacção dos transportadores que, segundo alegam, estão a carregar o "fardo" dos sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis há bastante tempo. Por outro lado, a transportadora pública já anunciou que vai agravar as tarifas dos actuais 4,50 mt para 5,00 mt apartir do póximo dia 1 de fevereiro, alegando igualmente a subida dos preços dos combuistíveis e o aumento do valor dos custos de exploração dos TPM (Transportes Públicos de Maputo).

O Povo não ficou para trás: O Bairro da Matola J, na província do Maputo, acordou em alvoroço ontem quando um grupo de transportadores semicolectivos de passageiros, da rota Matola “J”Mavoco, decidiu alterar a tarifa de passagem de 5 para 7.50 meticais, segundo o Jornal Notícias.
Ainda segundo aquele órgão de informação, a medida não foi bem acolhida pelos utentes, na sua maioria pequenos agricultores, que foram amotinar-se na terminal exigindo a redução do valor. Essa manifestação levou os “chapeiros” a pararem com a actividade e dezenas de pessoas a ficarem privadas daquele serviço.
Para os manifestantes, não se justifica que de uma hora para outra os transportadores alterem a tarifa porque os utentes daquela via não possuem muitos recursos para sustentar as viagens.
Alguns "analistas" já apontam para uma negociação que possa culminar numa tarifa de 10,00 mt por passagem após a negociação entre os tranportadores e o Governo, tomando em consideração o salário mínimo nacional, que ronda aos 1.700,00 mt.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Conjuntura Económica e Financeira da Primeira semana de Janeiro em Moçambique

Os preços de alguns produtos básicos na cidade de Maputo, com destaque para o frango vivo, a batata-reno, carne de vaca e carapau, apresentaram uma tendencia de redução, depois da aceleração da inflacção verificada verificada na quadra festiva.

O Banco de Moçambique aponta no seu comunicado 01/2008 (1ª Fonte) para uma depreciação do metical face ao Dólar norte americano, provavelmente devido à elevada inflacção registada em finais de Dezembro último. Contudo as tendências de Davos, onde decorre o Fórum Económico Mundial, mostram uma direcção contrária da moeda americana.

Uma outra fonte nacional (2ª fonte consultada) aponta que o açucar branco, ovos importados, batata importada, farinha de trigo nacional, arroz extra nacional, frango congelado importado, farinha de milho nacional e cebola importada são aqueles cujos preços reduziram, não além dos 5% nos mercados de Maputo.

Por outro lado a minha 3ª fonte (23/01/08) aponta que a Cidade de Maputo registou na presente semana uma redução na oferta de produtos agrícolas comparativamente a semana passada e que nos últimos sete dias houve apenas entrada de milho adquirido em Manica e amendoim importado da Republica da África do Sul (RAS).

A questão que se coloca é: Quem é que manda na gestão de informação sobre os mercados económicos e financeiros em Moçambique. É necessário que se pense em melhorar as capacidades e a coordenação institucional entre os agentes (pelo menos os formais) que divulgam dados, por forma a que os investidores não fiquem tontos.

Banco Mundial elogia Moçambique na luta contra pobreza

Intitulado “cumprindo o improvável – sustentar a inclusão na economia em crescimento em Moçambique”, o Banco Mundial apresentou, esta sexta-feira, as conclusões do estudo sobre a avaliação de pobreza, de género e social 2008. O mesmo revela que os índices de pobreza em Moçambique têm estado a conhecer significativas reduções, sobretudo depois das primeiras eleições multi-partidárias de 2004.

Segundo o mesmo estudo, a maioria dos moçambicanos, mesmo os mais pobres, está a conhecer melhorias nas suas condições de vida, graças a rendimentos mais elevados e à posse de mais bens domésticos. O Banco Mundial destaca as áreas de serviços, agricultura e sobretudo da educação como as que conheceram significativos avanços.
“Congratulamo-nos com a estratégia do governo de expandir o programa de educação da rapariga nas zonas rurais. E um dos grandes alcances foi a quebra da rotina das desistências de raparigas nas escolas, e isto está a expandir-se para várias províncias”, disse Louise Fox, chefe da equipa de elaboração do estudo.

O Banco Mundial sublinha no estudo que uma das grandes conquistas foi a frequência escolar ter aumentado significativamente entre 1997 e 2003, especialmente entre as famílias pobres e a diferença nas taxas de matrículas escolares entre raparigas e rapazes no ensino primário estar rapidamente a desaparecer, ultrapassando os velhos preconceitos sobre o interesse em educar as raparigas.

Redacção

Fonte: o País online

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Forum Económico Mundial 2008 - Encontro da economia Global

O Fórum Economico Mundial iniciou hoje em Davos, na Suiça e o assunto em destaque, segundo as informações que nos chegam pelos meios que nos permitem aceder é que o assunto principal é a crise nos mercados financeiros do mundo, em particular a crise económica nos EUA, o país mais rico do planeta terra.

A subida dos preços do petróleo a nível mundial, a "falência" do mercado imobiliario dos EUA, a instabilidade da bolsa de valores e a recessão económica daquele país é o grande ponto de debate que alimenta as incertezas que reinam á volta da cimeira.
Há correntes dentro da Cimeira que defendem que as economias subdesenvolvidas ou em desenvolvimento e os seus mercados poderão ser a grande alavanca para ofuscar o efeito da recessão Norte Americana na economia global.

Ainda estamos a espera de uma revolução económica mundial do séc. XXI, para fazer face às revoluções dos Monetaristas, Keynesianos, pós-Keynesianos e aos insistentes neo-clássicos do norte, que poderá acontecer nas próximas décadas acredito. Aí talvés não hajam mais plataformas económicas mundiais apenas para resolver os problemas de um lado do mundo e não deixar sequer pensar o outro lado do mundo. Talvés seja por isso que a cimeira de Davos já começa a apelar para uma "competição corporativa" na economia global.

Muitos de nós Moçambicanos continuamos grandemente atrelados ao pensamento económico ocidental e ás teorias e modelos económicos desajustados à nossa realidade, por isso dificilmente estaremos em condições de fazer valer ideias originais e encontrar modelos apropriados para o nosso desenvolvimento económico.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Posição de Moçambique no Ranking da Transparência Tnternacional

No ano 2007 Moçambique posicionou-se no 111º posto do ranking CPI da Transparência Internacional, num universo de 179 países, o que significa que o "País da marrabenta" não está mau em termos de transparência e liberdades.
Há tempos atrás Moçambique já esteve nos lugares cimeiros da lista dos países mais corruptos do mundo, mas agora os indicadores são favoráveis ao nosso País.
A World Democracy Audit overall ranking coloca Moçambique em 81º lugar num universo de 0-150, usando uma metodologia aceitável . Em termos de direitos políticos Moçambique encontra-se na linha média segundo estas estatísticas. Estes dados indicam também que Moçambique está acima da média em termos de liberdades individuais e de imprensa.
No que diz respeito a corrupção Moçambique posicionou-se em 88º num universo 0-145

Estes são dados referentes ao ano 2007, destas duas fontes internacionais relativamente ao desempenho de Moçambique do ponto de vista de liberdades, corrupção, transparência e integridade.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

PARABÉNS PRESIDENTE ARMANDO GUEBUZA
PELO SEU 65º ANIVERSÁRIO NATALÍCIO


sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

O Administrador de Palma, em Cabo Delgado e a moeda nacional

O Administrador do Distrito de Palma, em Cabo Delgado é acusado pela população de ter rasgado publicamente e atirado ao mar a moeda nacional, o metical, pretensamente de jovens que estavam envolvidos em jogo de azar, segundo o Jornal notícias de hoje. Também foi acusado de ter inflaccionado os preços de moageiras compradas no âmbito dos 7 milhões em seu benefício.







Ainda bem que o Governador de Cabo Delgado, Eliseu Machava, já enviou ao terreno uma Comissão para averiguar o assunto. Mas a população não pode dizer coisas dessas sem bases, principalmente em comícios populares.


Este Administrador, a ser verdade o que se alega contra ele, constitui um mau exemplo de governação transparente.


A população Moçambicana já começa a ganhar uma maior capacidade de compreensão sobre a cidadania e sobre os seus direitos e deveres constitucionais. Já é prática as pessoas serem mais abertas e participativas nos comícios populares, exigindo mais funcionalismo na resolução dos seus problemas.


Hoje ninguem admite nem deve admitir que um governante faça desmandos como este referenciado acima a seu belprazer, principalemnte nesta altura em que o Combate a corrupção, para além de ser o discurso político do momento, é de bom agrado que seja prático.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Agricultura no Patio da Escola Industrial de Maputo ??

Vi no jornal da manhã da Televisão de Moçambique (TVM) de hoje uma mini-reportagem do Jornalista Esmeraldo Mondlane na qual falava sobre uma machamba que está no pátio da Escola industrial de Maputo...que mais parecia ser uma escola agrária de Maputo. Seria altura de repensar-se no nome da instituição porque, por aquilo que pude ver quando dei uma passada por lá, a agricultura ali praticada está a surtit efeitos maravilhosos. tem lá várias culturas, com destaque para o milho, cujas plantas estão bem altas.

E esta agora ? será que aquele milho é obra de algum trabalho "industrial" dos alunos daquela escola, será que é uma obra da direcção da escola no âmbito do empreendedorismo, ou será obra de um curioso que encontrou terreno fértil para a prática da agricultura?


Também pode ser uma parceria entre escolas industriais e agrárias...



Mas a machamba "jardim" está lá, o Ministério da Educação devia ver, mas ninguem deve morrer a fome por aquelas bandas, há lá muito milho !!!

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Preço do arroz importado cai em alguns mercados depois da quadra festiva

Os preços do arroz importado praticados ao consumidor em Moçambique caíram depois da quadra festiva (2 de Janeiro) em alguns mercados monitorados pelo Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA).

Comparativamente aos preços vigorados na semana passada (26 de Dezembro), a Cidade de Quelimane registou aqueda mais acentuada de 20% passando o produto a custar cerca 14,00 Mts/kg. A Cidade de Manica é outro mercado que merece atençãocom uma queda de 15%, baixando o preço para17,50 Mts/kg, seguida da Cidade de Nampula onde o preço caiu em 13% situando-se em cercade 14,00 Mts/kg.

No entanto, o mercado da Vila de Alto Molócuè registou uma subida de 15% ao passar de 20,49Mts para 23,64 Mts por quilograma.Nos restantes mercados os preços do arroz importado mantiveram-se estáveis durante apassagem da quadra festiva. Uma comparação depreços entre os mercados mostra que os consumidores da Cidade de Tete estão a pagar preço mais alto (25,00 Mts/kg) na compra deste produto. Entretanto, o preço mais baixo foi o bservado na Cidade de Chókwè (11,38 Mts/kg).

Fonte: Quente-Quente nº 652

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Dr. Castel-Branco e o Desenvolvimento Economico em Moçambique

O economista Moçambicano Carlos Nuno Castel-Branco, disse em entrevista ao semanário britânico "the economist", que não há desenvolvimento económico em Moçambique. O Canal de Moçambique faz referência ao pronunciamento do Dr. Castel Branco, que aponta o crescimento económico no país como consequencia dos mega-projectos de multinacionais e que grande parte da população ainda vive da agricultura de subsistência nas zonas rurais.

No entanto, a reportagem em causa do "The Economist", para além do pronunciamento do Economista Moçambicano, faz uma radiografia da economia de Moçambique, onde aponta alguns dados que indicam crescimento e desenvolvimento.

sábado, 12 de janeiro de 2008

Banimento de Músicas: Faz Parte da Revolução Cultural

O blog MoçambiqueOnline tem algumas reacções de internautas sobre o pronunciamento da Presidente do CSCS, Dra Julieta Langa,segundo o qual algumas músicas deviam ser "filtradas" de órgãos de comunicação social.
Esta revolução músical que também é uma revolução cultural que se verifica em Moçambique, iniciada por uma geração de jovens músicos que procuram afirmar-se na sociedade e no mercado, ainda tem muitos contornos pela frente.

É Caso para repetir uma expressão que muito ouvimos do Veterano da Luta Armada de Moçambique, Marcelino dos Santos, nos seus pronunciamentos: A revolução não se faz com flores.

Na revolução, para eliminar e vencer todos os exploradores que causam a pobreza e o sofrimento do povo, é preciso lutar contra sua prepotência e violência, de maneira agressiva e firme. Não há situação agradável para os ricos, donos de montes de dinheiro, de bancos e de multinacionais e ao mesmo tempo para o simples vendedor ambulante, cobrador de "chapa100", desempregado, etc. E para tomar o que é seu por direito, porque o povo cumpre com as suas obrigações, essas classes desfavorecidas devem unir-se tem que ter a capacidade de exigir que os seus direitos sejam consagrados; e só a Revolução é permite isso.




A revolução cultural também é uma forma de desenvolvimento...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Paquistão e Kenya: Lugares Perigosos do Mundo




O Paquistão e o Kenya afiguram-se actualmente como os lugares mais perigosos para se viver no mundo. O Paquistão, um dos países com maior população islâmica do mundo, com um forte conservadorismo e tradições moderadas, viu-se abalado com o assassinato de Benazir Bhutto, então candiata a Primeira-Ministra, gerando uma onda de voilência sem precedentes. No Kenya, após as eleições Presidenciais, a violência veio ao de cima, mesmo com tentatitas de John Kufuor, o "cabeça" da UA de levar a um acordo entre Mwai Kibaki, o Presidente eleito, e o Lider do Movimento da Oposição Democrática (ODM), Raila Odinga.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

ALGUMAS MÚSICAS MERECEM BANIMENTO

A PRESIDENTE do Conselho Superior da Comunicação Social (CSCS), órgão com a missão de regular as mensagens transmitidas pela imprensa nacional, Julieta Langa, é de opinião que algumas músicas emitidas na “media”, particularmente na rádio e televisão públicas, deviam simplesmente ser eliminadas por colocarem em questão aspectos morais de certos sectores da sociedade.

“Há músicas que simplesmente não deviam passar. Aqui não há grande diferença como quando tu escreves um artigo (jornalístico) que incita a violência ou ao tribalismo, actos com consequências muito nefastas. Não pode ir ao público” , disse a fonte, falando à AIM sobre os conteúdos das músicas emitidas pelas rádios e televisões do país nos últimos dias.
Langa reconhece, porém, a importância da contribuição dos músicos jovens moçambicanos no enriquecimento da cultura local e no resgate de valores culturais há muito esquecidos. “Com a produção desses jovens, é possível preencher emissões de rádio ou de televisão durante 24 horas, realizar festas ou outro tipo de eventos, com recurso a música exclusivamente nacional de qualidade e de todos os ritmos”.
Mas afirma que nem todos esses números musicais deviam ser tocados nos espaços da programação da rádio e televisão públicas. Igualmente - acrescentou - existem aquelas músicas e vídeos que só merecem ser difundidas em circuito fechado.
“Como por exemplo, aquelas músicas veiculando mensagens com conteúdos que mexem com a sensibilidade sociocultural, pondo em causa os valores e princípios da ideologia educativa da maior parte das comunidades do país. É necessário que os “media” comecem a classificar o seu repertório de entretenimento distinguindo, claramente, o que é meramente pornográfico, erótico, romântico interventivo ou humorístico”, disse ela.
Em entrevista a revista moçambicana mensal “Prestígio”, o músico moçambicano José Guimarães, concorda sobre a necessidade de criação de uma instituição de censura para lidar com as músicas entoadas pelos jovens.
“Temos que fazer coisas com responsabilidade. Nada de andar a vulgarizar coisas sérias”, defendeu Guimarães, um músico com 39 anos de experiência, sugerindo que algumas dessas músicas devem ser tocadas apenas em discotecas.
Para Julieta Langa, o necessário não é exactamente uma instituição de censura, mas a (re)definição de parâmetros estabelecendo o que deve ser tocado e o momento apropriado da programação para o efeito, considerando a visão de todos os sectores da sociedade.
“As rádios e televisões devem guiar-se pelos princípios de pluralismo e da diversidade do público para quem servem, justificou a presidente do CNCS, vincando que maior responsabilidade recai sobre os órgãos públicos, Rádio Moçambique e Televisão de Moçambique, por estes emitirem os seus programas para todos os grupos sociais de quase todo o país.
Segundo ela, a Rádio Moçambique, por exemplo, já teve parâmetros do género no passado, sendo necessário uma simples questão de os recuperar e actualizá-los. Esta aposta seria fácil para a emissora pública nacional porque ainda existem os profissionais que implementaram estes parâmetros no passado.
A fonte avança a hipótese de os profissionais terem abandonado esses parâmetros por recearem ser considerados antidemocráticos e ultrapassados, caindo, porém, no erro crasso de permitir tocar todo o tipo de músicas sem olhar para o impacto que isso pode causar na formatação de comportamentos sociais e culturais da sociedade.
Mas a solução desse problema não depende apenas da ‘boa vontade’ das rádios e televisões. A Lei de Imprensa estabelece que o CSCS tem como algumas das atribuições, agir na defesa do interesse público e velar pelo respeito da ética social comum.
O CSCS é competente para abordar aspectos musicais, como parte das emissões, quando sejam difundidas nos media. Apesar de reconhecer que na generalidade a lei prevê estas competência, Langa afirma não haver regulamentos aprovados pelo Governo para orientar actividade do CSCS e permitir-lhe uma actuação sistemática e proactiva.
Igualmente, ela diz não existir capacidade técnica (em termos de equipamento especializado para captação de emissões) para realizar este trabalho, bem como é preciso haver coordenação com outros sectores de actividade, como é o caso de organismo ligados à área cultural.
“Vamos intervir quando houver meios para a instalação efectiva da capacidade necessária para o cumprimento da nossa missão constitucional. Desde a sua criação, o Conselho ainda não beneficiou da necessária atenção do Governo, como, por exemplo, para a sua profissionalização, definição do perfil dos seus membros”, referiu Langa.
Segundo ela, actualmente, os membros do CSCS encontram-se numa situação de conflitos de interesse, porque muitos deles continuam sendo jornalistas no activo.
“´É preciso uma harmonização regional da legislação que deve governar o Conselho. Há muita coisa que precisa de ser vista com atenção, por exemplo a definição de políticas a serem adoptadas para que o CSCS seja de facto uma instituição socialmente relevante”, desabafou a fonte.
Mas, com esses mesmos problemas, o CSCS já teve intervenções de vulto no passado, tendo tomado várias decisões, dentre as quais a paralisação da emissão de alguns itens publicitários considerados impróprios para o consumo do público. “No mandato anterior, do qual também fui presidente, houve um volume assinalável de intervenções do que a actual produção…”
“De facto durante esse tempo o CSCS foi visível e unido. Os seus membros eram activos e tinham uma vontade enorme de trabalhar. As pessoas dedicavam-se e tiveram muita paciência e esperança na resolução dos problemas que desde lá até dificultam de forma dramática o nosso trabalho”, referiu ela.

MUHAMUD MATSINHE, da AIM

Fonte: Noticias 09/01/2008 - (Fotos editadas aleatoriamente)

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Barak Obama, Hillary Clinton et all, no campo de batalha de New Hampshire

As eleições presidenciais dos EUA estão a mexer com meio mundo. Ainda em fase de eleições prévias tanto o Partido Democrata, que tem como principais figuras em disputa eleitoral Barac Obama e Hillary Clinton, assim como o Partido Republicano, que coloca frente a frente Rudy Giuliani e John McCain, procuram encontrar a melhor alternativa para Governar aquela que é considerada como sendo a maior nação do mundo.

A ver vamos, mas as primarias de hoje em New Hampshire, segundo vários analistas e estudos são determinantes para apurar-se quem serão os candidatos à Casa Branca. no meio destas linhas há muito por se debater, como por exemplo o facto de termos uma candidata do sexo feminino, um candidato negro, um hispânico, dentre outras inovações...

Produtos sensíveis à integração regional na SADC (!!??)


O Sector informal Moçambicano é que não gostou dos moldes em que entrou em vigor o comércio livre na região austral de africa, em particular as trocas comerciais com a vizinha RSA. É que a cebola, batata, repolho, tomate e alho produzidos naquele país vizinho continuam a entrar em Moçambique a uma tarifa de 20 por cento, contrariamente ao protocolo da zona de comércio livre que estipula a isenção de tarifas.


O Ministério da Índustria e Comércio diz que aqueles produtos já tinham sido classificados como produtos sensíveis com base em estudos anteriores e que não iriam ser integrados no "cabaz" de produtos isentos de tarifas.


PROODUTOS SENSÍVEIS À INTEGRAÇÃO REGIONAL (moz-rsa):

- CEBOLA

- BATATA

- REPOLHO

- TOMATE

- ALHO

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

3º Trimestre de 2007: PIB, metical e inflacção registaram crescimento


O Jornal noticias de hoje faz referência a este crescimento da economia nos últimos meses do ano 2007.

O aumento do índice de preços do consumidor apontado pelo INE deve-se ao aumento da procura de produtos, principalmente durante a quadra festiva, o que fez com que o custo de vida encarecesse e os cidadãos se manifestassem pelo aumento dos preços.


Para o Banco de Moçambique, o comportamento dos agregados monetários foi afectado, particularmente, pela ocorrência de factores excepcionais relacionados com a quadra festiva, que determinaram a procura de notas e moedas em circulação acima do programado. Com efeito, a base monetária, no dia 26 de Dezembro de 2007, apresentava um saldo de 17,877 milhões de meticais, contra 16,904 milhões programados para 31 de Dezembro”

domingo, 6 de janeiro de 2008

MANICA - PERDIZES E PANGOLINS CONTINUAM A APRECIAR O SABOR DA MAÇAROCA EM MOSSURIZE


No Distrito de Mossurize, na Província de Manica, a FRELIMO continua a registar novas entradas de ex-membros da Perdiz e Pangolim, respectivamente. Trata-se de Enoque Joanisse, ex-guerrilheiro da Renamo e Edmó Jackasse, ex-Pangolim ( PDD ), que optaram em juntar-se à FRELIMO para partilhar a alegria deste grandioso Partido.

A entrega daqueles, aconteceu aquando da visita de trabalho do Primeiro Secretário da FRELIMO na Província àquele Distrito, Costa Francisco Chalé. Costa Chalé, durante a sua estadia naquele Distrito, escalou três zonas, como são os casos de Chiraicua, Espungabera e Dacata, para além de ter trabalhado em quatro Comités de Círculos de Mashanlu, Mangala, Serere e Matonhe, onde reuniu com militantes, simpatizantes e população em geral daqual auscultou as suas preocupações.

Na ocasião os populares apresentaram o problema de falta de pagamento de subsídio aos idosos e de sobrevivência às crianças órfãs, bem como da insuficiência de bombas de água e da abertura de estradas terciárias que permitam a ligação das localidades de Masangena e Garagua.

Em resposta àquelas preocupações o timoneiro da FRELIMO em Manica, tranquilizou aos presentes no sentido de que iria levar todas as preocupações para junto dos seus quadros e do Governo encontrar soluções o mais rápido possível com vista a proporcionar condições razoáveis para a sua sobrevivência. Igualmente apelou a população a envolver-se nos Programas do Governo e envidar esforços para a resolução de problemas a nível local.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Estudos Economicos e Financeiros - Moçambique

O Banco Portugues do Investimento publicou um Boletim Com informação financeira sobre Moçambique que valerá apena dar uma vista de olhos para os interessados.

A informação contida no manual contém dados sobre elementos estruturais e sectoriais da economia de moçambique. Apresenta ainda uma amostra da evolução da economia nacional assim como do sistema financeiro.

Para além de uma incursão sobre o sector externo da economia do país, o documento destaca o relacionamento bilateral Portual-Moçambique.

para os interessados em economia e finanças em moçambique, vale a pena ler...

TURISMO - Parceiros investem 300 milhões USD

Um montante estimado em 324 milhões de dólares norte-americanos será investido nos próximos dois anos para financiar o desenvolvimento de projectos na área de turismo sobretudo na parte continental do município da Ilha de Moçambique, província de Nampula. O projecto é da organização holandesa African Riviera que tem como um dos parceiros a empresa dos Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique detentora de infra-estruturas naquela região.

Veja mais sobre esta noticia...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

O Ciclo Vicioso das Cheias



Mais uma vez as Cheias de Janeiro e Fevereiro em Moçambique, tal como todos os anos, a criar situaçóes calamitosas nas populaçóes. Isto já está a tornar-se um cíclo vicioso, previsível e logo, podem-se criar condiçoes para fazer face a este fenómeno.

Será que todos anos temos que nos deparar com operaçoes de resgate ? Se já se sabe de antemao que a abertura das comportas nos países vizinhos e as chuvas provocam cheias no País nestas alturas, porque é que nao se criam condiçoes tais como a abertura de lagos artificiais para escoar essas águas, criar mecanismos de levar a agua das cheias para zonas com escassez do precioso líquido.

Já é tempo de pensar-se em Moçambique ter reservas de água, para evitar cheias periódicas e previsíveis. Ademais o INGC nao tem que ser apenas "bombeiro" de calamidades, mas também deve criar condiçoes para que elas, quando previsíveis, sejam controladas.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

2008 será pior do que 2007, considera Dlakhama (??????)

O Presidente da renamo-UE, Afonso Dhlakama entrou para 2008 em alta (baixa), com um golo na própria baliza, ao considerar que 2008 será pior que 2007, devido a entrada no comércio livre.

'Nós, a RENAMO, estamos contra essa decisão, porque Moçambique não está preparado para entrar na integração regional. Moçambique não tem uma classe económica empresarial preparada para competir nem sequer com a da Suazilândia, um país pequeno da região austral de África', afirmou Dhlakama.'

Estes argumentos de Dhlakama podem ser até aceitáveis para quem vê as coisas de forma bastante linear. Moçambique tem uma classe empresarial em condições de competir ao nível da região. É evidente que a Africa do Sul é um país muito mais desenvolvido em relação a Moçambique, mas em relação a outros países da região poderá balancear-se a competitividade.

Agora é preciso saber bem qual é a preocupação de Dhlakama: se trata-se de uma questão de legitimidade política da decisão de guebuza ou de uma questão macroeconómica, nada de andar a confundir a opinião pública com palavreado.

Para Dhlakama, 'Moçambique deveria travar a sua entrada [neste organização], mesmo por 10 ou 15 anos. A sua entrada ia depender do desenvolvimento. Afinal, o que nos move a entrar?'. 'Quando se adere a uma organização é para se aproveitar alguma coisa e Moçambique não vai aproveitar, passando apenas a vender produtos de outros países'.


Travar a entrada por 10 ou 15 anos? Será que Este indivíduo tem plena consciência daquilo que diz ou apenas diz por dizer? ... Enfim, uma entrada em derrapagem e um despiste político de inicio de temporada do Lider da Renamo que nem aponta sequer um aspecto positivo registado em 2007 no País.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Benvindo 2008


Espero que todos tenham passado bem as primeiras horas de 2008.
Hoje em uma ronda pla cidade de Maputo, o movimento e ambiente estava calmo...
Folhei o único jornal que encontrei em circulação, o notícias, e vi em destaque que o comercio livre iniciou hoje na SADC, no âmbito da integração regional , que o Burocratismo continua o desafio para este ano, na óptica do Presidente Armando Guebuza, na sua mensagem do fim do ano.

Vi também em desaque o alerta para a possibilidade de Cheias e que Kibaki tomou posse como PR Queniano, dentre outros assuntos.
Dei uma volta pelos blogs nacionais e vi que muitos dos bloguistas, depois de passadas cerca de 16horas desde o início de 2008, continuam a Txilar ou a ressacar da passagem de ano... !!!

Espero um ano de muita debate a reflexão... tanto nos meus rabiscos, assim como no Mozonline, forrum de todos os Moçambicanos !!!

Abraços e um bom ano !!